Haddad: Brasil não vai sair da mesa de negociação com os EUA

O Brasil foi o país que recebeu a maior tarifa entre as nações taxadas por Trump.

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Publicado em 21/07/2025 às 12:05h - Atualizado 2 minutos atrás Publicado em 21/07/2025 às 12:05h Atualizado 2 minutos atrás por Elanny Vlaxio
O ministro deu uma entrevista à CNB nesta manhã (21) (Imagem: Shutterstock)
O ministro deu uma entrevista à CNB nesta manhã (21) (Imagem: Shutterstock)

🗣️ Fernando Haddad, ministro da Fazenda, declarou nesta segunda-feira (21) que o Brasil manterá o diálogo com os Estados Unidos sobre as tarifas de 50% para produtos brasileiros anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano). O Brasil foi o país que recebeu a maior tarifa entre as nações taxadas por Trump e Filipinas a menor, com 20%.

Em entrevista à rádio CBN, ele também revelou que a área econômica já está desenvolvendo um plano de contingência para atender os setores que possam ser atingidos pela ameaça de uma sobretaxa de 50% às importações brasileiras.

"Vamos continuar lutando para ter a melhor relação possível com o maior mercado consumidor do mundo, vamos lutar por isso. Mas não vamos deixar ao desalento os trabalhadores brasileiros, vamos tomar medidas necessárias", declarou o ministro Haddad. 

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💬 Ele informou que um grupo de trabalho está empenhado em estudar formas de apoio aos setores prejudicados pelo possível aumento do imposto de importação dos EUA. "Em uma situação como essa, a Fazenda se prepara para todos cenários. Temos plano de contingência para qualquer decisão que venha ser tomada pelo presidente da República (Lula)", afirmou. 

De acordo com o ministro, é possível direcionar mais da metade das exportações hoje enviadas aos EUA para outros países, mas o processo exige tempo, já que há contratos em vigor com companhias norte-americanas.

💭 "Vamos redirecionar boa parte da produção, mas isso leva tempo. E tem coisas que não tem outros destino possível, pois foi uma demanda de lá. Temos consciência de setor a setor, e estamos trabalhando a nível de empresas. Vamos atuar para minimizar ao máximo essa situação que estamos tendo", disse o ministro Haddad.