Governo avalia taxar milionários para ampliar isenção do IR

Esta é uma das quatro medidas avaliadas pelo governo, segundo Haddad.

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Publicado em 10/10/2024 às 19:34h - Atualizado 6 dias atrás Publicado em 10/10/2024 às 19:34h Atualizado 6 dias atrás por Marina Barbosa
Haddad disse que ainda não há proposta final sobre o assunto (Imagem: Shutterstock)
Haddad disse que ainda não há proposta final sobre o assunto (Imagem: Shutterstock)

O governo federal considera criar um imposto mínimo para os milionários. A taxação foi apresentada pelo Ministério da Fazenda ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como uma forma de bancar o aumento da faixa de isenção do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física). 

💲 O governo Lula já ampliou a faixa de isenção do IR para quem recebe até dois salários mínimos no início deste ano. Contudo, quer estender a isenção dos atuais R$ 2.824 para R$ 5.000. Para isso, no entanto, precisa compensar a perda de receita. Por isso, o Ministério da Fazenda levou ao presidente Lula "quatro cenários" de como seria possível avançar com a medida. Um deles é a taxação dos milionários.

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Conforme antecipado pela "Folha de S. Paulo", a ideia é que quem ganha mais de R$ 1 milhão por ano tenha que pagar um imposto mínimo, entre 12% e 15% da renda. Ou seja, os milionários teriam que pagar um imposto complementar para atingir a alíquota mínima, caso, ao final do ano, tenham pago menos do que isso. A ideia é semelhante ao imposto mínimo das multinacionais, anunciado pelo governo há semana.

🗣️ O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou nesta quinta-feira (11), no entanto, que esta é apenas uma das opções em estudo e que ainda não há uma proposta fechada. "O presidente Lula está avaliando cada cenário e pedindo novos exercícios", afirmou.

Ele garantiu ainda que, em todos os cenários avaliados, o governo mantém dois objetivos: aproximar-se dos padrões da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento) e ter uma reforma neutra, que não amplie, nem reduza a arrecadação. "Se tiver ganho de renda, é para compensar outra medida de arrecadação", garantiu.