Gerdau (GGBR4) pega R$ 566 milhões emprestados com o BNDES; veja objetivos

Financiamento mira projetos de redução das emissões de gases de efeito estufa da companhia.

Publicado em 21/06/2025 às 15:17h - Atualizado 12 horas atrás Publicado em 21/06/2025 às 15:17h Atualizado 12 horas atrás por Marina Barbosa

A Mina de Miguel Burnier, em Ouro Preto (MG), vai ganhar mineroduto e rejeitoduto (Imagem: Divulgação)

A Gerdau (GGBR4) obteve um financiamento de R$ 566 milhões com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

💲 O recurso será usado na execução de dois projetos que prometem reduzir as emissões de gases de efeito estufa das operações da companhia em Minas Gerais e São Paulo.

Veja os projetos financiados:

construção de um mineroduto de 13 km de comprimento entre a Mina de Miguel Burnier, em Ouro Preto, e a unidade de produção de aço de Ouro Branco (MG), além de um rejeitoduto com 10 km de comprimento;
implementação de um centro de reciclagem para beneficiamento de sucata na unidade de produção de aços especiais de Pindamonhangaba (SP).

De acordo com o BNDES, o projeto de Minas Gerais vai reduzir a circulação de caminhões na região, diminuindo as emissões de gases do efeito estufa. A estimativa é de que o mineroduto substitua 1,5 mil caminhões por dia no transporte de 60 mil toneladas de minério.

Além disso, o empreendimento envolve recirculação de água. Por isso, foi classificado como um projeto de mineração responsável e teve parte dos seus recursos advindos do Fundo Clima, uma iniciativa do governo federal que busca apoiar a mitigação das mudanças climáticas.

Já o centro de reciclagem de São Paulo permitirá beneficiar todo o material recebido como sucata, além de separar ferrosos, não ferrosos e impurezas como terra, borracha e plástico. Dessa forma, deve viabilizar uma maior utilização de sucata metálica no processo de fabricação de aço, ajudando também a reduzir as emissões da empresa.

"Com estes investimentos, vamos ampliar a eficiência energética e reduzir as emissões de gases de efeito estufa nas nossas operações, bem como evoluir na competitividade do nosso negócio", disse o CFO da Gerdau, Rafael Japur.

Em nota, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que os projetos estão alinhados à política industrial do governo Lula (PT), que "tem como missão a descarbonização, tornando a indústria nacional mais verde e levando o país a liderar essa agenda".