G20 divulga declaração final do evento no Brasil; leia trechos
20 maiores economias falaram sobre taxação de super-ricos, guerras e equidade de gênero

Os países que compõe o G20 finalmente chegaram a uma versão final da carta que celebra o evento realizado no Brasil. Divulgado na noite desta segunda-feira (18), o documento de 24 páginas destaca, entre outros pontos, o Acordo de Paris, a reforma do comércio global, questões de equidade de gênero e os conflitos que acontecem pelo mundo.
📄 Um dos pontos mais questionados -e que sofreu pressão por parte da Argentina- foi sobre a taxação dos super-ricos, no que ficou classificado como “indivíduos de patrimônio líquido ultra-alto”. Na versão final, os países reforçaram o esforço nesta área, considerando que deve haver respeito a soberania de cada nação.
“Com total respeito à soberania tributária, nós procuraremos nos envolver cooperativamente para garantir que indivíduos de patrimônio líquido ultra-alto sejam efetivamente tributados. A cooperação poderia envolver o intercâmbio de melhores práticas, o incentivo a debates em torno de princípios fiscais e a elaboração de mecanismos antievasão”, dizem os líderes.
O texto também cita a guerra no Oriente Médio e pede um cessar-fogo na Faixa de Gaza com a criação de dois Estados, de Israel e da Palestina. Em relação ao conflito da Ucrânia, o texto não menciona a Rússia, mas ressalta os impactos negativos, como segurança alimentar e instabilidade macrofinanceira e a inflação.
“Saudamos todas as iniciativas relevantes e construtivas que apoiam uma paz abrangente, justa e duradoura, mantendo todos os Propósitos e Princípios da Carta da ONU para a promoção de relações pacíficas, amigáveis e de boa vizinhança entre as nações”, pontuam.
🍴 Leia mais: No G20, Brasil cria aliança inédita contra a fome; 80 países participam
O documento também fala sobre a inclusão da União Africana como membro pleno do G20, nos mesmos moldes da União Europeia. Até a última edição do G20, a África do Sul era a única representante do continente que é composto por 54 nações.
“Nós reiteramos nosso forte apoio à África, inclusive por meio do Pacto com a África e da iniciativa do G20 de apoio à industrialização na África e nos países menos desenvolvidos, e apoiamos a União Africana para realizar a integração comercial e econômica e as aspirações de sua Agenda 2063, que entra em sua segunda década de implementação”, comentam.
A carta do G20 é divulgada em todas as edições da reunião de Cúpula do grupo econômico e precisa passar por revisão e aprovação de todos os membros. Este é um momento bastante aguardado pois mostra ao público o tom geral do evento e também das reuniões bilaterais que os líderes das 20 maiores economias tiveram.
“Nós permanecemos resolutos em nosso compromisso de combater a fome, a pobreza e a desigualdade, promover o desenvolvimento sustentável em suas dimensões econômica, social e ambiental e reformar a governança global. Nós saudamos a ambição da Arábia Saudita em antecipar sua vez de sediar a Presidência do G20 no próximo ciclo. Agradecemos ao Brasil por sua liderança este ano e esperamos trabalhar juntos em 2025 sob a presidência da África do Sul e nos encontrar novamente nos Estados Unidos em 2026”, conclui a carta.

Selic a 15% ao ano: Quanto rende o seu dinheiro em CDB, LCA, LCI, Tesouro Selic?
Embora ainda haja dúvidas se os juros podem permanecer em 14,75% ao ano, o Investidor10 apresenta as projeções para a renda fixa

Barsi da Faria Lima faz o alerta: Selic em 2025 subirá a 'patamares esquecidos'
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, já acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 e revela estratégia de investimentos para este ano

Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima

3 REITs de data center que podem subir com o plano de Trump, segundo Wall Street
Presidente eleito dos Estados Unidos anuncia US$ 20 bilhões em investimentos para construir novos data centers no país

Quais tipos de renda fixa ganham e perdem com a eleição de Trump?
Renda fixa em dólar pode ganhar mais fôlego com juros futuros em alta. Aqui no Brasil, a preferência é por títulos pós-fixados

Tesouro Direto sobe mais de 1% em apenas 1 dia com agito das eleições nos EUA
Juros compostos caem e preços dos títulos saltam na marcação a mercado aqui no Brasil, com ligeira vantagem de Kamala Harris contra Donald Trump

Poupança renderá mais com Selic a 10,75%? Cuidado com o mico
Rentabilidade da caderneta de poupança pode ficar travada pelos próximos cinco anos

Banco do Brasil (BBAS3) ou Tesouro Selic? Qual investimento pagará mais nos próximos 12 meses
Investidor10 apurou quais são os principais preços-alvos para a estatal na visão dos analistas.