Fundador do Banco Master, Daniel Vorcaro é preso em operação da PF

O fundador do Banco Master, Daniel Vorcaro, foi preso em uma operação da PF (Polícia Federal).

A Operação Compliance Zero foi deflagrada nesta terça-feira (18) para "combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional".

"As investigações tiveram início em 2024, após requisição do Ministério Público Federal, para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira", explicou a PF.

Segundo a corporação, esses títulos teriam "sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada". Por isso, entre os crimes investigados, estão os de gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa.

Diante dessa organização, a operação da PF não mira apenas o Banco Master. Ao todo, cinco mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária, 25 mandados de busca e apreensão e medidas cautelares estão sendo cumpridos nesta terça-feira (18), no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal.

Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido no BRB (BSLI4). Com isso, o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, foi afastado do cargo pela Justiça.

A prisão de Vorcaro

Daniel Vorcaro teria sido preso no aeroporto de Guarulhos, enquanto se preparava para sair do país.

Na segunda-feira (17), Vorcaro recebe uma proposta para vender a sua participação no Master para a Fictor Holding Financeira e para um consórcio de investidores dos Emirados Árabes Unidos.

O negócio, contudo, não deve ir para a frente, porque o BC (Banco Central) decretou a liquidação extrajudicial do Master nesta terça-feira (18).

Com a liquidação, os bens de Vorcaro e de outros controladores do Master foram bloqueados para garantir o pagamento das dívidas da instituição.

O FGC (Fundo Garantidor de Crédito) também deve ser acionado, para ressarcir os credores do Master, como aqueles investidores que compraram os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) da instituição.