Família Simpson teria que mudar estilo de vida se morassem na Argentina de 2024

Estudo destaca que salário da classe média não cobre todas as regalias que tinham os Simpsons

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Publicado em 19/04/2024 às 14:07h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 19/04/2024 às 14:07h Atualizado 1 mês atrás por Wesley Santana
Família é formada por um casal e três filhos. Foto: Shutterstock
Família é formada por um casal e três filhos. Foto: Shutterstock

📺 Um estudo curioso foi publicado pela consultoria Focus Market nesta sexta-feira (19), em comemoração ao Dia Internacional dos Simpsons.

Segundo a empresa, se a família do desenho animado morasse na Argentina em 2024, o salário de Homer Simpson não seria suficiente para pagar todas as contas do mês. Na série, o pai é o único membro que trabalha na casa e, nos dias de hoje, seu salário seria de R$ 6 mil, quantia equivalente a 1 milhão de pesos.

O cálculo foi feito com base no saldo médio de um trabalhador de alto risco, caso de Homer, que conseguia manter um padrão de vida de classe média. No entanto, no caso da Argentina, dada a inflação, esse valor supera o necessário para a vida de uma família formada por um casal e três filhos.

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“O gasto total da família Simpson para consumir todos os bens e serviços da classe média é de US$ 2.646.999 por mês [cerca de R$ 13,7 mil]”, diz a Focus. “O salário de Homer na Argentina cobre apenas 39,7% das despesas, com um déficit familiar de US$ 1.596.999 para cobrir todas as despesas e alcançar uma qualidade de vida de classe média”, continua.

A vida dos Simpsons no desenho é tranquila, mas a família consegue se dar ao luxo de algumas regalias, como aulas de música para a filha, duas saídas semanais em grupo e até férias no exterior por 15 dias. Se incluídas essas atividades na contagem, o valor teria que ser ainda maior.

“A classe média argentina combina baixa renda e condições laborais e sociodemográficas associadas à pobreza. O estilo de vida da classe média Simpson foi substituído por possibilidades e necessidades de vida não atendidas”, comentou Damián Di Pace, diretor da Focus Market.

O último relatório Observatório da Dívida Social Argentina mostrou que 15% da população está abaixo da linha de indigência. Além disso, 57,4% estão na linha da pobreza, equivalente a 27 milhões de pessoas, o maior número dos últimos 20 anos.

Embora a inflação tenha dado indícios de desaceleração em março, quando encerrou em 11%, no acumulado dos últimos doze meses já chega a 287,9%, segundo Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Gastos com Comunicação, Transporte e Serviços Públicos são os que mais consomem a renda da população.