Extrema direita sai como vencedora em 1º turno na França, aponta projeção

As primeiras projeções estão sendo divulgadas após o fechamento das urnas nas grandes cidades.

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Publicado em 30/06/2024 às 15:38h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 30/06/2024 às 15:38h Atualizado 3 meses atrás por Elanny Vlaxio
A participação final é projetada para alcançar pouco mais de 69% (Shutterstock)
A participação final é projetada para alcançar pouco mais de 69% (Shutterstock)

🌎 A extrema direita emerge como a grande vencedora do primeiro turno da eleição legislativa na França, em um pleito considerado histórico. As primeiras estimativas divulgadas neste domingo (30) indicam que o Rassemblement National (RN) obteve 34,2% dos votos, enquanto a Nouveau Front populaire (NFP), coalizão de partidos e movimentos de esquerda, alcançou 29,1%. A maioria presidencial de Emmanuel Macron aparece com 21,5% dos votos.

As primeiras projeções estão sendo divulgadas após o fechamento das urnas nas grandes cidades. Após a derrota nas eleições europeias no início do mês, o presidente da França decidiu dissolver a Assembleia Nacional, surpreendendo até mesmo seu gabinete ao convocar novas eleições. No Conselho Econômico, Social e Ambiental do país, considerado uma espécie de terceira câmara, a percepção foi de que esse ato lançou a França "em uma crise política e democrática sem precedentes".

Participação dos eleitores dispara no 1º turno

⏳ A participação dos eleitores no primeiro turno das eleições legislativas francesas atingiu o maior índice em quase 40 anos. A votação antecipada mostra o partido de extrema direita Reunião Nacional liderando as pesquisas. Segundo o Ministério do Interior, até as 17h deste domingo (30) em Paris (meio-dia no horário de Brasília), 59,4% dos eleitores registrados já haviam votado, comparado a 39,4% no mesmo horário há dois anos.

A participação final é projetada para alcançar pouco mais de 69%, conforme a média de quatro empresas de pesquisa. Isso representaria o maior índice desde a participação de 78,5% registrada em 1986, de acordo com dados anteriores fornecidos pela empresa de pesquisa Ipsos. A decisão do presidente Emmanuel Macron de dissolver a Assembleia Nacional abriu caminho para que o partido de extrema direita Reunião Nacional, liderado por Marine Le Pen, forme o próximo governo.

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⏰ Antes do encerramento das campanhas na sexta-feira à noite, as pesquisas indicavam que o grupo de Le Pen e seus aliados estavam a caminho de conquistar o maior número de assentos no parlamento, seguidos pela aliança de esquerda Nova Frente Popular. O grupo de Macron estava em terceiro lugar.

Uma alta participação pode ter um impacto significativo no resultado final, aumentando a probabilidade de três candidatos obterem votos suficientes para avançar para o segundo turno em 7 de julho. Isso abre a possibilidade de estratégias como desistências para consolidar o apoio em torno de um candidato mais competitivo contra a extrema direita, entre outras opções.

"A explosão de segundos turnos de três vias é sem precedentes", afirmou Brice Teinturier, da empresa de pesquisa Ipsos, ao jornal Le Parisien, destacando que o padrão de votação pode ser distinto em 2022, pois o Reunião Nacional nunca esteve tão próximo do poder.