Dólar sobe e mercado segura o fôlego com possível onda de tarifas nos EUA
Por volta das 10h30, o dólar comercial registrava avanço de 0,33%, cotado a R$ 5,726 para compra e R$ 5,727 para venda.

💲 O dólar iniciou o dia em alta frente ao real nesta quarta-feira (26), refletindo um cenário de expectativa global em torno das próximas decisões comerciais dos Estados Unidos.
Com investidores atentos aos possíveis desdobramentos de novas tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump, a cautela prevalece nos mercados internacionais — e o câmbio brasileiro sente os reflexos.
Por volta das 10h30, o dólar comercial registrava avanço de 0,33%, cotado a R$ 5,726 para compra e R$ 5,727 para venda.
Já no mercado futuro, o dólar com vencimento mais próximo apresentava leve valorização de 0,35%, negociado a 5.727 pontos. No turismo, a moeda americana era negociada entre R$ 5,757 e R$ 5,937.
Tarifas devem afetar economia global
O movimento do câmbio não está isolado. Lá fora, o dólar também ganha força em relação a outras moedas, em meio a um clima de incerteza que ronda a maior economia do mundo.
Investidores esperam por mais clareza sobre os planos de Trump em relação à imposição de tarifas sobre setores estratégicos, como o automotivo, de semicondutores e farmacêutico.
Ainda que os detalhes não tenham sido divulgados, a simples sinalização de que medidas protecionistas podem ser retomadas já é suficiente para acender o alerta nos mercados.
A avaliação é de que novas tarifas, se confirmadas, podem pressionar os preços desses produtos, afetando cadeias produtivas e o bolso do consumidor — o que, por consequência, poderia acelerar a inflação e enfraquecer ainda mais o crescimento econômico dos Estados Unidos.
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Mercado adota postura defensiva
A falta de informações concretas tem levado investidores a evitar apostas mais agressivas, tanto no Brasil quanto no exterior.
Com volatilidade contida, os agentes financeiros preferem aguardar os próximos capítulos antes de ajustar suas posições de forma mais decisiva.
Esse comportamento conservador não é por acaso. Nas últimas semanas, alguns indicadores econômicos norte-americanos já deram sinais de arrefecimento, o que aumenta a preocupação com a possibilidade de uma recessão.
Em um cenário como esse, medidas que encarecem produtos e reduzem o consumo global poderiam agravar ainda mais a situação.
E o Brasil com isso?
📈 Embora a economia brasileira tenha seus próprios motores, o real tende a se desvalorizar quando há aumento da aversão ao risco no exterior — especialmente em momentos de incerteza envolvendo os Estados Unidos, que ainda exercem forte influência sobre os fluxos de capitais globais.
Além disso, o movimento de alta do dólar pode pressionar a inflação doméstica por meio do encarecimento de produtos importados e insumos industriais, o que pode dificultar o trabalho do Banco Central na condução da política monetária.

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