Dólar cai e encosta em R$ 6,09 de olho no governo Lula e postura do Fed

A moeda registrou mínima de R$ 6,0771 (-0,43%) durante a manhã, impulsionada por um otimismo fiscal local.

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Publicado em 13/01/2025 às 17:51h - Atualizado 9 horas atrás Publicado em 13/01/2025 às 17:51h Atualizado 9 horas atrás por Matheus Rodrigues
A cotação encerrou em R$ 6,0980, com uma queda de 0,08% (Imagem: Shutterstock)
A cotação encerrou em R$ 6,0980, com uma queda de 0,08% (Imagem: Shutterstock)

💲 O dólar à vista encerrou o dia em leve queda frente ao real, refletindo um mix de fatores domésticos e internacionais.

O cenário fiscal brasileiro, com sinalizações positivas do governo, e as expectativas de uma postura mais cautelosa por parte do Federal Reserve (Fed) moldaram o comportamento do mercado de câmbio nesta segunda-feira (13).

Enquanto isso, o volume reduzido de negociações no início do ano intensificou a volatilidade dos preços.

Movimento do dia

A moeda norte-americana registrou mínima de R$ 6,0771 (-0,43%) durante a manhã, impulsionada por um otimismo fiscal local.

Por outro lado, preocupações sobre um possível ritmo mais lento de cortes de juros nos Estados Unidos geraram pressão de alta, fazendo com que o dólar atingisse a máxima de R$ 6,1326 (+0,48%) ao longo do dia.

A cotação encerrou em R$ 6,0980, com uma queda de 0,08%.

Dólar comercial

  • Compra: R$ 6,09
  • Venda: R$ 6,09

Dólar turismo

  • Compra: R$ 6,17
  • Venda: R$ 6,35

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Fluxo de negócios e volatilidade

Com volumes reduzidos de negociação típicos do início do ano, o mercado de câmbio brasileiro apresentou maior sensibilidade a operações de exportadores e importadores.

No mercado futuro, foram negociados cerca de 172 mil contratos de dólar para fevereiro, abaixo da média observada em períodos de maior liquidez.

“Fluxos reduzidos têm amplificado os movimentos no câmbio, causando oscilações acima do normal”, explicou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora.

Perspectivas fiscais

A melhora no humor do mercado em relação ao cenário fiscal brasileiro foi um dos fatores que pressionaram o dólar para baixo.

Declarações recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, sinalizaram novos esforços para o equilíbrio das contas públicas.

Entre as medidas previstas, estão cortes de despesas e iniciativas para ampliar a arrecadação, que devem ser detalhadas após a aprovação do Orçamento de 2025.

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Essa postura do governo trouxe maior confiança sobre o compromisso fiscal, contribuindo para reduzir a pressão sobre o câmbio.

Nos Estados Unidos, o índice do dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta de seis divisas, subiu 0,21%, refletindo a percepção de que o Federal Reserve pode adotar uma abordagem mais cautelosa em relação ao corte de juros.

Essa expectativa de menor estímulo monetário nos EUA manteve a pressão de alta sobre o dólar frente a outras moedas globais.

Intervenção do Banco Central

📊 O Banco Central realizou, pela manhã, a venda de 15 mil contratos de swap cambial tradicional como parte da rolagem de vencimentos previstos para fevereiro de 2025.

A operação busca suavizar disfuncionalidades no mercado de câmbio, de acordo com o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen.