Dólar atinge R$ 6,20 pela 1ª vez na história diante de risco fiscal
Mercado monitora a tramitação do pacote de corte de gastos no Congresso Nacional.
O dólar bateu em R$ 6,20 pela primeira vez na história nesta terça-feira (17). A disparada reflete a percepção de risco fiscal que tomou conta do mercado desde a apresentação do pacote de corte de gastos pelo governo.
💵 A moeda norte-americana chegou aos R$ 6,20 e renovou a sua máxima histórica por volta das 12h, mesmo depois de o BC (Banco Central) leiloar cerca de US$ 1,2 bilhão para tentar conter a escalada do câmbio,
Com o novo recorde, no entanto, o BC decidiu vender mais US$ 2 bilhões no início da tarde. Por isso, o dólar acabou cedendo. A moeda era negociada por R$ 6,12 às 14h05.
Este é o quarto dia consecutivo de intervenção do BC no câmbio. Desde quinta-feira (12), o BC já injetou mais de US$ 12 bilhões no mercado, por meio de vendas de dólares à vista e leilões de linha. A moeda norte-americana, no entanto, continua em tendência de alta por causa do aumento da percepção de risco fiscal.
Na avaliação de analistas, o pacote de corte de gastos apresentado pelo governo com o intuito de reforçar o arcabouço fiscal pode não ser suficiente para conter o avanço dos gastos públicos e, assim, garantir o cumprimento das metas fiscais. Além disso, o mercado monitora as chances de alteração das propostas no Congresso Nacional.
🗓️ Os parlamentares negociam ajustes nos projetos apresentados pelo governo. Contudo, tentam chegar a um acordo para votar os principais pontos do pacote ainda nesta semana, já que o recesso de final de ano começa na próxima segunda-feira (23) na Câmara e no Senado.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a fazer um apelo para que o pacote fiscal não seja desidratado, na sua primeira reunião de trabalho após receber alta hospitalar. Ainda assim, o mercado considera que uma parte significativa do pacote pode ficar para o próximo ano. Por isso, a disparada do dólar acentuou-se nesta semana.
Além disso, os investidores reagem à ata do Copom (Comitê de Política Monetária) nesta terça-feira (17). Na ata, o Copom reconheceu que "a percepção dos agentes econômicos sobre o recente anúncio fiscal afetou, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio".
📈 O Copom reforçou, então, a previsão de mais duas altas de 1 ponto percentual da Selic, o que levaria a taxa básica de juros da economia brasileira a 14,25% em março de 2025. O guidance foi aprovado de forma unânime pelos membros do comitê.
Apesar disso, o Ibovespa opera em alta nesta terça-feira (17). Às 14h30, o principal índice da B3 subia 0,72%, aos 124.454 pontos, apoiado por Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e grandes bancos.
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