Dilma é reeleita e vai presidir Banco do Brics por mais cinco anos

Ao todo, ela deve permanecer sete anos à frente da instituição multilateral.

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Publicado em 24/03/2025 às 13:16h - Atualizado 5 dias atrás Publicado em 24/03/2025 às 13:16h Atualizado 5 dias atrás por Wesley Santana
Ex-presidente assume mandato que seria da Rússia (Imagem: Shutterstock)
Ex-presidente assume mandato que seria da Rússia (Imagem: Shutterstock)

Em comunicado divulgado durante o fim de semana, o Novo Banco de Desenvolvimento informou que Dilma Rousseff foi reeleita como presidente da instituição. A ex-presidente do Brasil, portanto, deve continuar à frente do Banco do Brics pelos próximos cinco anos.

🗳 A regra atual do banco permite que cada país membro indique alguém para presidir por apenas um mandato, de forma rotativa. No entanto, Dilma assumiu o posto no meio do período brasileiro, ocupando a vaga deixada por Marcos Troyjo, indicado por Jair Bolsonaro para o órgão, em 2020.

Este ano seria a vez da Rússia indicar o sucessor, mas o presidente Vladimir Putin permitiu que Dilma fosse reeleita para o órgão. A decisão do mandatário euroasiático vem em decorrência da guerra com a Ucrânia, com a indicação de que ter um russo à frente do banco poderia ser um obstáculo para os trabalhos da organização.

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O Banco do Brics foi criado em 2014 e está sediado em Xangai, na China, onde Dilma passou a residir. O objetivo da instituição é promover financiamentos para projetos de infraestrutura e sustentabilidade dos países-membros.

Atualmente, o Brics é composto pelos membros fundadores, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além dos novos sócios, que são: Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.

Cúpula do Brics

✈ O Brasil recebe no próximo mês de julho a Cúpula do Brics, que será realizada no Rio de Janeiro. Esse é o segundo grande evento de multilateralismo que a cidade maravilhosa recebe no intervalo de um ano, depois do G20.

“É um grande prazer mais uma vez estreitar a colaboração e a parceria entre Governo Federal e o Rio de Janeiro. Receberemos os chefes de Estado dos 20 países que integram o Brics nas duas categorias, de membros plenos e parceiros”, destacou o chanceler Mauro Vieira. “Vamos tomar decisões muito importantes para o desenvolvimento, para a cooperação e para a melhoria da condição de vida de todos os habitantes desses países”, completou.

O calendário brasileiro de 2025 conta, ainda, com a COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) marcada para novembro, em Belém. Para este evento, são esperadas mais de 40 mil pessoas.