Criptomoedas e renda fixa ganham espaço na carteira dos brasileiros

Segundo pesquisa Anbima e Datafolha, os outros ativos não conseguiram ampliar a presença na preferência dos investidores em 2023.

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Publicado em 04/04/2024 às 16:01h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 04/04/2024 às 16:01h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
(Shutterstock)
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A maior parte dos brasileiros não tem aplicações financeiras e um quarto dos que investem foca na poupança. Dois tipos de ativos, no entanto, atraíram um número maior de brasileiros em 2023: as moedas digitais e os títulos de renda fixa.

🪙 Segundo o Raio X do Investidor Brasileiro, realizado pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) em parceria com o Datafolha, a parcela dos brasileiros que investe em criptomoedas subiu de 3% para 4% em 2023. 

Já o número de entrevistados que disse investir em títulos privados, como debêntures e CDBs (Certificados de Depósito Bancário), subiu de 4% para 5%. No caso dos títulos públicos, negociados pelo Tesouro Direto, o número saiu de 1% para 2%. 

Os outros tipos de aplicações financeiros, no entanto, apresentaram estabilidade no número de investidores. A exceção foi da poupança. A caderneta segue como o investimento preferido dos brasileiros, mas é usada por 25% dos entrevistados, 1 ponto percentual a menos que em 2022.

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Criptos superam ações 

📈 Com a maior procura, as criptomoedas passaram a ter a mesma participação que os fundos de investimento e os imóveis na carteira dos brasileiros (4%). É uma participação até maior que a das ações: apenas 2% dos entrevistados pela pesquisa disseram investir em ações na bolsa de valores.

O Raio X do Investidor Brasileiro ouviu 5.814 pessoas com 16 anos ou mais em todas as regiões do país entre 06 e 24 de novembro de 2023. A margem de erro da pesquisa é de um ponto percentual, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.

Veja os investimentos mais usados pelos brasileiros, segundo a pesquisa:

  • Caderneta de poupança: 25%;
  • Títulos privados: 5%;
  • Fundos de investimentos: 4%;
  • Compra e venda de imóveis: 4%;
  • Moedas digitais: 4%;
  • Ações: 2%;
  • Plano de previdência privada: 2%;
  • Títulos públicos via Tesouro Direto: 2%;
  • Moedas estrangeiros: 1%;
  • Ouro: 1%.

A pesquisa também aponta, contudo, que apenas 37% dos brasileiros têm aplicações em produtos financeiros. O número subiu apenas 1 ponto percentual em 2023. Com isso, 57% dos brasileiros seguem dizendo não usar ou não conhecer opções de investimento.