Cosan (CSAN3): Ministério Público investiga incêndio em fábrica da Moove

MPRJ disse que "tomará medidas cabíveis para garantir a devida reparação dos impactos ambientais".

Author
Publicado em 10/02/2025 às 14:23h - Atualizado 2 dias atrás Publicado em 10/02/2025 às 14:23h Atualizado 2 dias atrás por Marina Barbosa
Incêndio atingiu a fábrica da Moove na Ilha do Governador no sábado (Imagem: Governo do RJ/Divulgação)
Incêndio atingiu a fábrica da Moove na Ilha do Governador no sábado (Imagem: Governo do RJ/Divulgação)

O MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) vai investigar as causas e as consequências ambientais do incêndio que atingiu uma fábrica da Moove, empresa de lubrificantes do grupo Cosan (CSAN3), no Rio de Janeiro no último sábado (8).

⚖️ A investigação foi anunciada nesta segunda-feira (10), depois que resíduos de óleo foram identificados na Baía de Guanabara em decorrência do incêndio.

O Inea (Instituto Estadual do Ambiente) atua na contenção e no recolhimento dos resíduos, para evitar que o material se desloque do entorno da fábrica para outras áreas. Segundo o órgão, mais de dois quilômetros de barreiras foram usados para conter o material e a Moove já recolheu cerca de 280 metros cúbicos de resíduos da água.

O MPRJ pedirá ao Inea "um relatório técnico detalhado sobre a operação da fábrica, as possíveis causas do incêndio e seus impactos ambientais na região". Com isso, pretende apurar as responsabilidades pelo incidente e diz que "tomará medidas cabíveis para garantir a devida reparação dos impactos ambientais".

Em nota, o MPRJ destacou que já existe uma ACP (Ação Civil Pública) sobre a "contaminação ambiental causada pela operação". A ação foi aberta em 2013, quando a fábrica pertencia à ExxonMobil (EXXO34). A Cosan assumiu as obrigações judiciais do processo após a compra da fábrica e manifestou interesse em firmar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o MPRJ em 2024, para reparação dos danos ambientais.

O MPRJ informou, no entanto, que as negociações acerca do TAC não foram concluídas "devido à complexidade técnica para a definição do valor da indenização" e agora serão suspensas. "Com o incêndio, qualquer tratativa de TAC está suspensa até que sejam apuradas integralmente as causas do acidente e seus impactos ambientais", informou.

Leia também: Brasil é o 2º maior fornecedor de aço e ferro aos Estados Unidos

Moove adotou plano de emergência

🧾 Em nota, a Moove disse que está trabalhando na contenção dos danos causados pelo incêndio de sábado (8), inclusive ao meio ambiente e ao entorno.

A companhia "segue aplicando protocolos de segurança e controle socioambiental visando minimizar os impactos associados à ocorrência" e ressaltou que esses protocolos "fazem parte de um plano de emergência individual aprovado previamente pelo INEA para situações atípicas".

"Desde as primeiras ações de combate, foram mobilizadas barreiras físicas e absorventes para proteção da Baía de Guanabara em caso de possível escoamento de produtos ou água de rescaldo utilizadas no combate ao incêndio. As medidas preventivas com barreiras de contenção aplicadas pela Moove protegem todo o perímetro. Para isso, contamos com o suporte de empresas especializadas em atendimento ambiental e mantemos comunicações com os órgãos reguladores pertinentes", informou.

Em fato relevante, a Cosan reforçou que "todas as medidas de contenção com vistas a minimizar os impactos, inclusive ambientais, sociais e financeiros foram adotadas". "Um plano de contingência visando a avaliação e mitigação dos eventuais impactos ao atendimento aos clientes da Moove já está em curso", disse.

O incêndio

🔥 O incêndio começou pela manhã e se arrastou durante todo o sábado (8), na fábrica da Moove na Ilha do Governador. Mais de 100 bombeiros militares trabalharam para conter as chamas e evitar que o fogo se alastrasse.

As chamas atingiram parte da área produtiva e salas administrativas da unidade. A zona dos tanques de armazenamento, a infraestrutura logística e a comunidade do entorno não foram afetadas, segundo a empresa. A Moove ressaltou ainda que a fábrica estava inoperante no sábado (8) e que o incêndio não deixou vítimas.

A atividade fabril segue paralisada nesta segunda-feira (10). "A Moove deu início ao processo de análise da extensão dos danos causados pelo incêndio, bem como à investigação de suas causas. A única atividade, além das ações acima, é a movimentação logística nas áreas não impactadas pelo fato", informou.

Veja aqui imagens do incêndio

CSAN3

COSAN
Cotação

R$ 7,31

Variação (12M)

-58,49 % Logo COSAN

Margem Líquida

5,36 %

DY

6.18%

P/L

6,10

P/VP

0.68