Corrida por SP, Rio no 1º turno e vitória do PSD: tudo sobre eleições de 2024

Partido do Centrão terminou o primeiro turno com mais de 860 prefeituras

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Publicado em 07/10/2024 às 12:56h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 07/10/2024 às 12:56h Atualizado 1 mês atrás por Wesley Santana
Boletim de urna em Valparaíso de Goiás (Imagem: Alejandro Zambrana/Secom/TSE)
Boletim de urna em Valparaíso de Goiás (Imagem: Alejandro Zambrana/Secom/TSE)

🗳 Os brasileiros foram às urnas neste domingo (6) para eleger os próximos prefeitos e vereadores que terão seu mandato a partir de janeiro de 2025. De longe, a disputa que mais chamou a atenção foi a de São Paulo, que, conforme indicavam as pesquisas de intenção de voto, foi disputada até os últimos minutos. 

Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) conseguiram somar o maior número de votos e avançaram para a disputa de segundo turno. Pablo Marçal (PRTB) terminou em terceiro lugar, com menos de 100 mil votos de diferença em relação ao primeiro e segundo colocado, conforme mostram dados do Tribunal Superior Eleitoral. 

Na principal capital do país, agora as forças políticas se concentram em torno de dois candidatos que precisam captar os eleitores dos seus concorrentes. Alguns dos postulantes que tiveram votações menos expressivas já disseram quem vão apoiar no segundo turno, a ser realizado em 27 de outubro. 

É o caso de Tabata Amaral (PSB) que, minutos depois do resultado, já havia antecipado seu apoio a Boulos na segunda etapa da votação -ela conquistou 605 mil votos. Mas quem pode desenhar os votos deste segundo turno é Marçal, que ainda não disse se e quem vai apoiar. 

Tanto Nunes quanto Boulos tem, ainda, em sua desvantagem o número de abstenções na maior cidade do país. O sistema da Justiça Eleitoral mostra que 1 em cada 4 paulistanos não compareceu às urnas no domingo, o que representa uma abstenção de 27,3%. 

Soma-se a isso os brancos e nulos que passaram de 660 mil na primeira volta. Ao todo, os votos válidos em São Paulo somaram 6,1 milhões, ainda de acordo com o TSE.

Rio de Janeiro previsto

🔎 O resultado do Rio de Janeiro teve o mesmo desenho que anteciparam as pesquisas, com Eduardo Paes (PSD) se reelegendo já no primeiro turno. O atual prefeito da cidade maravilhosa recebeu 60,4% dos votos, desbancando o principal oponente, Alexandre Ramagem (PL), que terminou em 30,8%.

Diferente da votação de SP, em que os candidatos trocaram de posição durante toda a apuração, no RJ, Paes se manteve em primeiro lugar desde que as urnas foram abertas. Isso mostra que o candidato foi o mais bem votado em praticamente todas as zonas da capital.

No Rio, 3,4 milhões de eleitores foram às urnas, totalizando cerca de 3 milhões de votos válidos. Por lá, o número de abstenções proporcionalmente foi maior, de 30,5%, totalizando 1,5 milhões de pessoas. 

PSD sai vitorioso

🏆 Quem tem muitos motivos para comemorar já com os resultados do primeiro turno é o PSD (Partido Social Democrático), de Gilberto Kassab, que se tornou o partido com o maior número de prefeitos. A sigla amealhou 869 municípios, mas tem chance de crescer ainda mais com eventuais vitórias no segundo turno, conforme mostra o TSE.

O número representa um crescimento de 30% em relação às eleições de 2020, quando conquistou 659 prefeituras. 

Outro partido com uma performance bastante positiva foi o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), presidido por Baleia Rossi, que conquistou 833 cadeiras. Já o PP (Partido Progressistas) alcançou a faixa de 733 prefeitos, um avanço de 5% entre as duas eleições. 

Chama a atenção, ainda, a performance do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) que saiu do primeiro turno sem nenhuma prefeitura. Uma das siglas mais tradicionais da política brasileira, venceu em 273 cidades, chegando em 2025 com pelo menos metade do seu atual efetivo.