Conteúdo de pen drive apreendido com Bolsonaro é irrelevante, diz PF

A perícia no celular de Bolsonaro ainda está em andamento e sem data prevista para conclusão.

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Publicado em 21/07/2025 às 15:14h - Atualizado 11 horas atrás Publicado em 21/07/2025 às 15:14h Atualizado 11 horas atrás por Elanny Vlaxio
Bolsonaro declarou, na sexta-feira (18), que não sabia do pen drive  (Imagem: Shutterstock)
Bolsonaro declarou, na sexta-feira (18), que não sabia do pen drive (Imagem: Shutterstock)

🚨 A investigação pericial sobre o pen drive apreendido em um banheiro da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília, chegou ao fim. Conforme laudo da PF (Polícia Federal), o conteúdo do dispositivo não tem relevância para o inquérito. Enquanto isso, a perícia no celular de Bolsonaro ainda está em andamento e sem data prevista para conclusão.

O dispositivo foi descoberto durante ação de busca e apreensão da Polícia Federal, na última sexta-feira (18), em imóveis relacionados a Bolsonaro. Na residência do ex-presidente, no Jardim Botânico, em Brasília, foram achados ainda US$ 14 mil e R$ 8 mil.

Além disso, segundo relato de um investigador, ao G1, Bolsonaro reconheceu publicamente ter destinado R$ 2 milhões para financiar a iniciativa que seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), está conduzindo nos Estados Unidos com foco em medidas envolvendo o Brasil e ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

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⚠️ Bolsonaro declarou, na sexta-feira (18), que não sabia do pen drive quando foi perguntado sobre ele. "Olha, uma pessoa pediu para ir ao banheiro, eu apontei o banheiro, e voltou com um pen drive na mão. Nunca abri um pen drive na minha vida. Eu não tenho nem laptop em casa para mexer com pen drive. A gente fica preocupado com isso", declarou Bolsonaro.

Depois, ele recuou e afirmou que não pretendia “sugerir nada” e que ficou surpreso com o caso. “Vou perguntar para a minha mulher se o pen drive era dela”, disse. A Polícia Federal também esteve na sede do PL, além da casa do ex-presidente. A defesa do ex-presidente declarou, em comunicado, que recebeu com "surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas."

Denúncia da PGR

A PGR (Procuradoria Geral da República) pediu a condenação do ex-presidente e outras 7 pessoas. Segundo o pedido, Bolsonaro “figura como líder da organização criminosa [..], por ser o principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado Democrático de Direito”.

Ainda de acordo com a denúncia, o ex-presidente “instrumentalizou o cargo com a finalidade de prejudicar a alternância legítima de poder nas eleições de 2022 e minar o livre exercício dos demais poderes constitucionais, especialmente do Poder Judiciário”. Caso seja julgado culpado pelos crimes, a pena de Bolsonaro pode passar de 40 anos.