Confira as 25 prioridades de Haddad para os próximos dois anos
Ministro apresentou os projetos prioritários do governo para o novo presidente da Câmara, Hugo Motta.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou nesta quarta-feira (5) as prioridades do governo na área econômica para o novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
📃 Ao todo, Haddad elencou 25 "projetos estratégicos da área econômica, com impacto direto na vida econômica do pais".
Entre eles, estão a regulamentação da reforma tributária, a ampliação da faixa de isenção do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física), a taxação dos super-ricos, a regulação das big techs e o marco legal da inteligência artificial. Veja a lista completa abaixo.
O governo também pretende fortalecer a proteção dos investidores no mercado de capitais e aperfeiçoar as regras contra eventuais prejuízos causados por acionistas controladores. Esse projeto, no entanto, ainda aguarda a designação de um relator na Câmara dos Deputados.
De acordo com Haddad, outros 14 projetos também dependem do Legislativo para avançar. Por isso, além de apresentar essas prioridades a Hugo Motta, o ministro colocou a equipe econômica à disposição dos parlamentares para tentar avançar nesta pauta. O objetivo é votar esses 15 projetos até o final de 2026.
Hugo Motta promete colaboração, mas não garante aprovação
🗣️ Após a reunião com Haddad, o novo presidente da Câmara dos Deputados prometeu manter uma postura colaborativa e de lealdade ao país.
"O Brasil tem um grande desafio econômico para o ano de 2025. Nada melhor que cooperação entre o Poder Legislativo e Executivo para que essa agenda seja priorizada e possamos entregar o melhor para a sociedade brasileira", afirmou Hugo Motta.
Em entrevista concedida à "CNN" na véspera, o novo presidente da Câmara dos Deputados já havia prometido colocar os projetos prioritários do governo em discussão. Contudo, não garantiu a sua aprovação.
"Temos o interesse em colaborar com o país e a agenda que for enviada à Câmara, que seja positiva para o Brasil, nós estaremos lá para agilizar, aprovar e fazer as mudanças necessárias", afirmou, à "CNN".
Motta indicou, por exemplo, que os deputados não pretendem avançar com projetos que impliquem em um aumento da carga tributária. Além disso, afirmou que a responsabilidade fiscal "é uma prioridade que nós não abriremos mão".
Questionado sobre o impacto fiscal do projeto que amplia a faixa de isenção do IRPF para quem ganha até R$ 5 mil, Haddad disse nesta quarta-feira (5) que o governo já desenhou um mecanismo de compensação para essa renúncia fiscal. Ele não deu detalhes da medida, mas disse que ela deve ser enviada ao Congresso nas próximas semanas.
Veja as 25 prioridades da área econômica para o biênio 2025/2026:
- Fortalecimento do arcabouço fiscal, para assegurar expansão sustentável do PIB, desemprego e inflação baixos e estabilidade da dívida;
- Início da implantação da reforma tributária sobre o consumo;
- Regulamentação da reforma tributária: Lei de Gestão e Administração do IBS, Fundos e Imposto Seletivo;
- Reforma tributária sobre a renda com isenção de IRPF para quem ganha até R$ 5 mil e tributação sobre o topo da pirâmide de renda;
- Limitação dos supersalários;
- Reforma da previdência dos militares:
- Projeto de lei da conformidade tributária e aduaneira, com valorização do bom contribuinte e responsabilização do devedor contumaz;
- Aprimoramento da Lei de Falências;
- Fortalecimento da proteção a investidores no mercado de capitais;
- Consolidação legal das infraestruturas do mercado financeiro;
- Resolução bancária;
- Mercado de crédito: execução extrajudicial (1), consignado do E-Social (2), uso de pagamentos eletrônicos como garantia para empresas (3) e ampliação de garantias em operações de crédito (open asset) (4);
- Regulamentação econômica das Big Techs;
- Modernização do marco legal de preços de medicamentos;
- Pé-de-Meia: permissão ao aluno investir em poupança ou títulos do Tesouro;
- Modernização do regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos e das parcerias público-privadas;
- Nova emissão de títulos sustentáveis, trazendo recursos ao Fundo Clima;
- Avanço na implantação do mercado de carbono (governança e decreto regulamentador);
- Novos Leilões do EcoInvest;
- Compra pública com conteúdo nacional e programa de desafios tecnológicos para a transformação ecológica;
- Estruturação do Fundo Internacional de Florestas;
- Implementação da Taxonomia Sustentável Brasileira;
- Marco legal da inteligência artificial e política de atração de datacenter;
- Plano Safra e Renovagro: aprimoramento dos critérios de sustentabilidade;
- Consolidar o mapa de investimento sustentáveis na BIP (Plataforma de Investimentos para a Transformação Ecológica no Brasil).
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