Como investir em startups brasileiras?
Empresas de tecnologia oferecem opções que potencializam retornos no longo prazo

Os investimentos na bolsa de valores são um dos mais populares do país, movimentando bilhões de reais todos os anos. No entanto, são poucas as empresas que conseguem crescer ao ponto em que faça sentido uma oferta pública no mercado de balcão.
Para as startups, a solução tem sido fazer movimentos menores no modelo chamado de “mini IPO”, em que troca uma parte pequena de seu patrimônio pelo aporte de investidores. No Brasil, há diversas plataformas que oferecem esse serviço e que fazem, portanto, a negociação de ações de startups.
Todo o processo é feito por meio da tokenização dos ativos, que dá à plataforma que atua como a bolsa o poder de intermediar a compra e venda dos títulos. As transações são regulamentadas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e as companhias precisam tornar públicos todos os relatórios sobre a gestão, da mesma maneira como acontece na B3.
💸 Leia mais: BS2 volta ao mercado para aporte em fintech Bloxs
Segundo regulamentação da CVM, as bolsas de startups podem liderar 10 captações de até R$ 15 milhões por rodada. Todas elas passaram por um período experimental (chamado de Sandbox regulatório), que testou as possibilidades do negócio e abriu caminho para a operação do modelo no país.
No site da EqSeed, por exemplo, que é uma das autorizadas pelo órgão regulador, a startup SupplyLabs está trocando 8% do seu quadro societário por R$ 920 mil em investimentos. Essa é uma plataforma paulista de SaaS (Software as a Service) para gestão de cadeira de fornecedores, fundada em 2019.
Segundo especialistas, o principal objetivo de se investir nessas startups tem de ser a diversificação da carteira de investimentos, considerando que este é um ativo de risco, mas que, se a estratégia der certo, pode dar retornos superiores aos de renda fixa, em muitos casos. Por isso, antes de tudo, é importante entender qual é o perfil de investimento e avaliar está dentro da estratégia de investidor.
Além disso, para optar por uma startup, o investidor precisa entender o quanto está disposto a gastar e qual porcentagem quer comprometer de sua carteira de investimentos. Isso porque, diferente de uma companhia de grande porte, as startups ainda estão tentando encontrar seu caminho de crescimento.
Como escolher a melhor startup
Depois que o investidor ter certeza de que quer investir em startup, ele precisa escolher qual vai ser tese de investimentos. Neste caso, ele tem a sua disposição, as diversas empresas que oferecem o serviço e que publicam as ofertas públicas.
Atualmente, a SMU Investimentos, MB Startups, EqSeed e BEE4 são algumas das empresas autorizadas a fazer essa operação. Cada uma divulga seus próprios ativos e disponibiliza dados do negócio a ser investido para munir o interesse do máximo de informações possíveis.
Depois disso, tem de optar por uma das duas opções disponíveis no mercado, conforme informações a seguir:
- Crowdfunding: nesta modalidade, o investidor tem de fazer um aporte mais longo e que, no geral, custa mais. A oferta da fintech Contank, por exemplo, disponível na Captable, define que o investimento mínimo é de R$ 1 mil, dividido em 100 ações de R$ 10 da empresa. Desde 2024, quando entrou no ar, a oferta já arrecadou R$ 1.875 milhão, de 251 investidores diferentes.
- Ações: aqui, os investidores têm acesso a um mercado de ações muito parecido ao da bolsa de valores, mas com menos opções de investimentos e com menor liquidez. No entanto, o portfólio vai além das startups, incluindo também pequenas e médias empresas de outros setores, caso da Eletron Energia, listada na plataforma da BEE4.
Marcos Legal das Startups
No mês passado, o Senado Federal aprovou o projeto de lei 252/2023, que altera o apelidado de Marco Legal das Startups e regulamenta o investimento nessas empresas. Uma das principais propostas é a criação do CICC (Contrato de Investimento Conversível em Capital Social), em que os valores investidos podem se tornar participação societária na companhia.
O texto mexe especificamente com os investimentos feitos via crowdfunding, em que o valor aplicado se torna em dívida a ser resgatada pelo investidor em um tempo futuro. O texto foi enviado para a Câmara dos Deputados que deve analisar e, se aprovado, seguirá para sanção presidencial. Ainda não há data para que a tramitação seja concluída em Brasília.

3 REITs de data center que podem subir com o plano de Trump, segundo Wall Street
Presidente eleito dos Estados Unidos anuncia US$ 20 bilhões em investimentos para construir novos data centers no país

Ibovespa vai de foguete, mas quais são as ações mais descontadas da B3 ainda?
Setor que reúne as empresas brasileiras mais baratas da Bolsa está em liquidação de 34%; confira

TAEE11 ou PETR4? Veja as possíveis máquinas de dividendos para 2025
Ativa Investimentos estima quais serão as melhores vacas leiteras da B3 em 2025, com base no dividend yield

Ações da Meta (M1TA34) sobem até 6% no after de Wall Street com resultados fortes
Empresa de tecnologia fundada por Marck Zuckerberg lucra US$ 20,84 bilhões no quarto trimestre do ano passado (4T24)

Lucro da Tesla (TSLA34) encolhe 71% no 4T24; BDR fecha em queda de 4%
A fabricante de carros elétricos do bilionário Elon Musk lucra US$ 2,32 bilhões no trimestre passado

As 5 ações de inteligência artificial para ficar de olho em 2025, segundo Wall Street
Muitos investidores brasileiros querem se proteger da disparada do dólar e ainda aproveitar a onda de tecnologia, investindo no exterior

Credores da Oi (OIBR3) receberão novas ações; saiba como funciona
Empresa em recuperação judicial aumentará capital em função dos credores que optaram pela reestruturação

FII ALZR11 vê aluguéis mensais somarem R$ 1,2 milhão, com expansão de data center
Fundo imobiliário do tipo tijolo conclui a obra em seu empreendimento tecnológico Scala, situado no Rio Grande do Sul