Com US$ 75 milhões, startup tem missão de encontrar novas drogas contra o câncer

Empresa está pesquisando tratamento para nove alvos biológicos diferentes

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Publicado em 27/03/2024 às 16:00h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 27/03/2024 às 16:00h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana

No ano passado, a startup de biotecnologia Georgiamune recebeu um aporte de US$ 75 milhões (cerca de R$ 871 mi), um volume bem atípico para os níveis da época.

O que mais chamou atenção dos investidores foram as técnicas inovadoras que poderiam abrir caminho para novos medicamentos contra o câncer e doenças autoimunes.

Logo, parte da tese da empresa se confirmou, quando o FDA (Food and Drug Administration), órgão norte-americano equivalente à Anvisa brasileira, autorizou o início dos testes clínicos em humanos com um novo potencial medicamento.

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Trata-se de um inibidor de checkpoint, que atua para interromper as células cancerígenas que suprimem o sistema imunológico, considerada uma das terapias mais promissoras no tratamento de doenças autoimunes.

Além deste, a startup de biotecnologia tem outros dois medicamentos na linha de pesquisa, que também devem ser levados a testes nos próximos meses, conforme destacou Samir Khleif, CEO da Georgiamune, ao portal norte-americano Business Insider.

Ao todo, a empresa tem nove alvos biológicos identificados, para os quais desenvolve ferramentas de ação diferentes.

A empresa é sincera em dizer que as drogas em análise não serão indicadas para todos os casos de tumores malignos, mas destaca que o trabalho deve ajudar especialmente os pacientes que nao podem ser alcançados pelos tratamentos disponíveis atualmente.

“É um processo ativo de desenvolvimento e visamos uma necessidade não satisfeita tanto na biologia como nas doenças humanas”, disse Khleif. “É por isso que somos únicos”, completou.

O empresário tem uma longa carreira no setor de fármacos, tendo sido assistente especial da FDA nos anos 2000. Isso lhe deu maior experiência para atuar na aprovação de remédios e falar com os principais entes do mercado de Venture Capital.

Em seu aporte Série A, a startup conseguiu receber recursos de fundos de investimentos robustos, em uma rodada que foi liderada pelo General Catalyst, que tem Canva, Airbnb e OLX em seu portfólio. Participaram também: Mubadala Capital, Alexandria Venture Investments, Catalio Capital Management, CJNV BioVenture e Verition Fund Management.