Com nova regra para cripto nos EUA, Bitcoin (BTC) avança 3%

Outras criptomoedas também reagem positivamente ao anúncio de Trump.

Publicado em 11/04/2025 às 13:46h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 11/04/2025 às 13:46h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana

Criptomoedas são ativos digitais (Imagem: Shutterstock)

A principal criptomoeda do mercado avança em um nível bastante positivo na tarde desta sexta-feira (11). O Bitcoin (BTC) registra avanço de 3,5%, cotado acima de US$ 82 mil, segundo dados do monitor CoinMarketCap.

💲 As outras criptomoedas também produzem um efeito positivo parecido, caso do Ethereum (ETH) que sobe 2,9%, para US$ 1,5 mil. O índice CoinDesk 20, que reúne os 20 principais tokens do mundo, opera com alta de 2,8%, aos 2.370 pontos.

Todo esse movimento de alta está ligado a uma assinatura do presidente Donald Trump que tirou a obrigatoriedade das corretoras de criptomoedas de fornecerem informações fiscais sobre transações. Prevista para entrar em vigor em 2026, a decisão é uma vitória para o campo das finanças descentralizadas.

A proposta -apelidada de regra de DeFi do IRS- atinge sobretudo as exchanges que fazem negociações fora do ambiente tradicional de criptomoedas. Essas empresas trabalham no modelo P2P, em que as criptos são compradas e vendidas diretamente entre os usuários por meio de contratos inteligentes.

A ordem para as corretoras foi assinada pelo ex-presidente Joe Biden, já no fim de seus mandatos, com vistas a ajudar no controle de evasão fiscal por meio de criptoativos. Ela foi fundamentada a partir do entendimento de que quase metade dos tributos não são recolhidos quando os agentes usam criptomoedas.

Embora seja positiva para o setor de criptos, os cofres públicos podem sofrer com a baixa assinada por Trump nesta sexta (11). Um cálculo recente do do Congresso dos EUA mostrou que ao menos US$ 4 bilhões em impostos deixarão de ser pagos no intervalo de dez anos.

Novo presidente da SEC

Também nos EUA, o Senado aprovou a indicação de Paul Atkins para presidir a SEC (Comissão de Valores Mobiliários). O executivo é um ferrenho defensor das criptomoedas, portanto, abre um momento de otimismo no setor neste segundo mandato de Trump.

A nomeação de Atkins passou pela Casa com certa folga, dado que o placar foi de 52 votos a favor e de 44 contra. Ele assume o lugar de Gary Gensler que trazia uma certa antipatia com os entes do mercado já há algum tempo.

Essa é a segunda vez que Paul assume o órgão, sendo que anteriormente ele atuou durante o governo de George W. Bush. Segundo ele, a principal preocupação é “oferecer uma base regulatória sólida para os ativos digitais, por meio de uma abordagem racional, coerente e fundamentada em princípios”.

A atuação dele no mercado cripto vai além de manter tokens digitais na carteira de investimentos, já que ele é sócio de empresas que estão neste segmento. Ele detém, por exemplo, o capital social de US$ 5 milhões em uma empresa de investimentos criptos.