Com alta de juros, Tesouro Direto já paga acima de 13% ao ano
Produtos remuneram mais de 1% ao mês
💰 Nesta quarta-feira (6), alguns títulos do Tesouro Direto superaram a rentabilidade anual de 13%. Segundo levantamento da reportagem, o produto com vencimento para 2027 já é ofertado com correção de 13,11% ao ano.
Em um cálculo mensal, esse produto já paga mais de 1% ao mês aos investidores. Esse valor é superior a muitos CDBs disponíveis no mercado.
Os produtos pós-fixados também apresentaram alta durante a manhã, com remunerações a partir de IPCA+6,65% ao ano. No entanto, o título com vencimento para 2029 paga IPCA+6,90% ao ano.
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As novas porcentagens são registradas em um dia bastante conturbado no cenário nacional e internacional, com a reeleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. Assim como os juros, outros diversos indicadores da economia brasileira apresentam aceleração.
Isso acontece em razão do fortalecimento do dólar frente ao real, o que está atrelado às possíveis novas políticas do eleito para a economia norte-americana.
O mercado também reage à reunião do Copom, que termina nesta quarta, quando deve ser decidido a nova taxa de juros para o país. A expectativa é que o Banco Central eleve a Selic em 0.5 ponto percentual para 11,25% ao ano.
Veja a rentabilidade anual dos títulos públicos
- Tesouro Prefixado 2027 | 13,11%
- Tesouro Prefixado 2031 | 13,11%
- Tesouro Prefixado 2035 (juros semestrais) | 12,85%
- Tesouro Selic 2027 | Selic+0,0531%
- Tesouro Selic 2029 | Selic+0,1228%
- Tesouro IPCA 2029 | IPCA+6,90%
- Tesouro IPCA 2035 | IPCA+6,69%
- Tesouro IPCA 2045 | IPCA+6,77%
- Tesouro IPCA 2035 (juros semestrais) | IPCA+6,72%
- Tesouro IPCA 2040 (juros semestrais) | IPCA+6,65%
- Tesouro IPCA 2055 (juros semestrais) | IPCA+6,70%
Na linha da expectativa
🔎 Na análise do BTG Pactual, o movimento dos juros no pós-eleição dos EUA está na linha da expectativa para a economia brasileira. O banco acredita que o cenário é de juros mais alto e dólar mais forte no longo prazo.
O economista-chefe do banco, Flávio Serrano, diz que parte desta variação pode ser corrigida com o governo anunciando o ajuste das contas públicas.
“No Brasil, houve muito mais uma alta por conta do fiscal distorcido, que levou os juros a níveis mais altos e deixou o dólar mais forte. Na teoria, com o fiscal acertado no Brasil, seria possível corrigir a alta que vimos nos últimos meses”, comentou Serrano, em entrevista ao InfoMoney.
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