China tem deflação em fevereiro de 2025; primeiro saldo negativo em 13 meses

Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPC) na China não ficava no vermelho desde janeiro de 2024, segundo Departamento de Estatísticas

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Publicado em 09/03/2025 às 17:24h - Atualizado 2 minutos atrás Publicado em 09/03/2025 às 17:24h Atualizado 2 minutos atrás por Lucas Simões
Investidores monitoram quando os estímulos do governo chinês surtiram o efeito na economia (Imagem: Shutterstock)
Investidores monitoram quando os estímulos do governo chinês surtiram o efeito na economia (Imagem: Shutterstock)

📉 A China voltou a registrar deflação em fevereiro de 2025 após um período de 13 meses, já que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 0,7% no mês passado na comparação anual, devido às pressões provocadas pelo declínio nos preços de alimentos, álcool e tabaco.

Os dados publicados pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China neste domingo (9) mostram que a inflação do país desabou ante o saldo positivo de 0,5% registrado em janeiro na comparação anual.

O consenso de mercado já até esperava que a média de preços dos produtos e serviços na China tivesse contraído em fevereiro, só que as estimativas eram de um saldo negativo de 0,5%, conforme economistas.

Dessa maneira, os números divulgados sugerem que os investidores seguem procurando sinais de que as medidas de estímulo adotadas pelo governo chinês podem reativar a recuperação econômica do país.

Na semana passada, Pequim definiu sua meta de Produto Interno Bruto para 2025 em cerca de 5%, apresentando planos para estabilizar o crescimento econômico através do apoio à demanda interna dos consumidores.

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China coloca os dois pés na guerra comercial

Prova disso é que durante o final de semana, a China escalou a guerra comercial ao impor uma tarifa de 100% sobre alguns produtos provenientes do Canadá, como o óleo de colza, tortas de óleo e ervilhas, acrescentando ainda que uma taxa de 25% seria aplicada sobre produtos aquáticos e carne suína originários do país vizinho ao norte dos Estados Unidos.

Tais medidas do governo chinês estão programadas para entrar em vigor em 20 de março, de acordo com uma declaração da Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado da China.

🚗 É válido mencionar que o movimento da nação asiática é retaliatório, visto que o governo canadense já aplicou taxas de importação sobre veículos elétricos e produtos de aço e alumínio fabricados na China desde outubro do ano passado, seguindo os passos de seus aliados, os EUA e a União Europeia.