CEO da Itaúsa (ITSA4) vê agronegócio como oportunidade e já mira nomes
A intenção foi revelada pelo CEO Alfredo Setubal, em um momento no qual a empresa reforça sua estratégia de diversificação.

🚨 A Itaúsa (ITSA4), uma das maiores holdings de investimentos do país, colocou o agronegócio no seu radar como possível destino para aportes futuros.
A intenção foi revelada pelo CEO Alfredo Setubal durante teleconferência com jornalistas, em um momento no qual a empresa reforça sua estratégia de diversificação e disciplina na alocação de capital.
O movimento ocorre em meio à expectativa de redução das taxas de juros no Brasil, o que, segundo o executivo, pode criar condições mais favoráveis para investimentos de longo prazo e em setores com potencial de geração consistente de valor.
Setor estratégico e ainda inexplorado
O agronegócio é responsável por cerca de 25% do PIB nacional, abrangendo desde a produção primária até cadeias complexas de transformação e distribuição.
Apesar de sua relevância econômica e do protagonismo internacional do Brasil na produção de alimentos, a Itaúsa ainda não tem exposição ao segmento.
Para Setubal, a ausência de investimentos no setor representa uma oportunidade de diversificação. Ele destaca que o agro não se limita à produção agrícola em si:
“É um setor amplo, que vai desde a produção de sementes até a distribuição, logística, fabricação de equipamentos e outros segmentos da cadeia”, afirmou o executivo.
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Cenário de juros e postura conservadora
Apesar do interesse, a Itaúsa mantém uma postura prudente diante do atual patamar de juros. A prioridade imediata continua sendo reduzir o endividamento, um movimento iniciado no fim de 2022.
Essa cautela reflete a estratégia da holding de manter solidez financeira e evitar exposições desnecessárias a oscilações de mercado.
Em junho, a empresa anunciou o pré-pagamento das debêntures da 2ª série da 4ª emissão, no valor de R$ 1,25 bilhão, reduzindo seu endividamento bruto.
Essa desalavancagem abre espaço para futuros aportes sem comprometer a capacidade de geração de dividendos.
Perfil de ativos buscados
A Itaúsa procura negócios que tenham coerência estratégica com o portfólio e que não estejam excessivamente expostos à volatilidade das commodities — um dos principais riscos do agronegócio.
Isso significa buscar ativos com fluxos de caixa mais previsíveis, contratos de longo prazo ou operações em nichos menos sensíveis às oscilações de preços globais.
“É difícil encontrar a oportunidade certa, mas continuamos citando o setor agro como um dos que temos interesse em investir”, disse Setubal.
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Possibilidade de reforçar posições já existentes
O CEO também sinalizou que a Itaúsa pode ampliar participações nas empresas já investidas caso surjam oportunidades atrativas.
“Estamos muito satisfeitos com os investimentos que fizemos e com as empresas das quais participamos, mas aumentar a participação em alguma delas pode fazer sentido”, afirmou.
Hoje, a Itaúsa tem participações relevantes em seis empresas:
- Itaú Unibanco (ITUB4) – principal ativo e maior fonte de dividendos;
- Alpargatas (ALPA4) – setor de calçados e vestuário;
- Dexco (DXCO3) – materiais de construção e decoração;
- Motiva (MOTV3) – antiga CCR, atuante em concessões de infraestrutura;
- Aegea – saneamento básico;
- Copa Energia – gás;
- NTS (Nova Transportadora do Sudeste) – transporte de gás natural.
Resultados e capacidade de investimento
O segundo trimestre de 2025 marcou um desempenho recorde para a Itaúsa. O lucro líquido atingiu R$ 4 bilhões, alta de 11% em relação ao mesmo período de 2024. O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) foi de 18,4%, avanço de 0,7 ponto percentual.
A solidez dos resultados permitiu que a holding aprovasse R$ 2,7 bilhões em proventos no semestre (equivalente a R$ 0,25 por ação), um crescimento de 47% sobre o mesmo período do ano anterior, resultando em dividend yield de 9,8% e payout de 36%.
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Olhando para o futuro
Com a perspectiva de cortes na taxa Selic nos próximos trimestres, a Itaúsa enxerga um ambiente mais propício para buscar novas frentes de crescimento.
📈 O agronegócio desponta como um caminho natural, não apenas pela relevância econômica do setor no Brasil, mas também pelo seu potencial de geração de valor de longo prazo, especialmente se explorado por meio de ativos com estabilidade de receita e gestão eficiente.

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