CDB do Banco Master está em risco? Veja se é melhor vender ou manter na carteira
Por falta de liquidez, investidores devem avaliar negociação no mercado secundário

Um dos assuntos que mais ganharam relevância nas últimas semanas foi a venda de parte do Banco Master para o BRB. Além do aspecto geral do M&A, a operação envolve um banco que é responsável por grande parte dos títulos de dívidas que circulam no mercado.
💰 Os CDBs do Banco Master ganharam relevância por oferecerem taxas bastante atrativas, que deixavam os produtos dos concorrentes no chinelo. Alguns dos ativos oferecidos pelo banco pagavam até 140% do CDI, mesmo em um momento em que a taxa básica de juros já operava em patamares acima dos 10% ao ano.
Agora, com a venda de parte do grupo, muitos investidores ficam em dúvida sobre qual vai ser o destino dos CDBs. O BRB já declarou que a tendência é que os CDBs do banco caminhem para ter uma remuneração muito parecida com as demais opções do mercado, que, no geral, ficam próximo de 100% do CDI.
A dúvida que fica é sobre os ativos que já estão na carteira dos investidores, se vale a pena manter ou repassá-los. Primeiro, é preciso entender que os CDBs são protegidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) que tem uma cobertura de até R$ 250 mil para o caso de quebra do banco que o emitiu.
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Por isso, os especialistas alertam que os investidores com investimentos até esse limite podem ficar tranquilos porque o FGC poderia arcar com o prejuízo, caso o Master (ou quem o comprou) deixasse de pagar. No entanto, é preciso considerar os riscos dessas operações sempre que for fazer um investimento, mesmo na renda fixa.
Já para quem tem uma carteira exposta a mais de R$ 250 mil em produtos do Banco Master, a carteira carrega um pouco mais de risco. Em uma eventual liquidação do banco, o investidor vira credor e passa a fazer parte de uma fila de pagamento que não tem data fixa para receber.
"No caso específico do Banco Master, o risco de crédito já vinha sendo percebido há algum tempo, o que se refletiu na oferta de taxas mais elevadas. Portanto, os investidores que ultrapassaram o limite de garantia assumiram, ainda que de forma indireta, uma exposição adicional”, comenta Paula Bento, planejadora financeira pela Planejar, em entrevista ao Valor.
Dá para vender?
Prosseguir com a venda de um CDB do Banco Master é uma tarefa difícil, já que a instituição não dá liquidez diária ao investimento. Desta forma, o investidor com ativo na carteira tem de recorrer ao mercado secundário, onde outra pessoa teria o interesse de adquirir o título privado.
Há alguns bancos e corretoras que oferecem o serviço de mercado secundário, mas, na hora do negócio, o vendedor tem que abrir mão de parte do recebimento para conseguir concluir. Por isso, a indicação é avaliar se vale a pena se desfazer deste produto, ponderando o prazo de vencimento e o valor que o ativo será vendido no mercado secundário.
“Se o título estiver dentro do limite do FGC, há cobertura. É preciso avaliar se o resgate imediato resultaria em perdas financeiras, mas em alguns casos assumir algum prejuízo pode ser melhor do que se expor a uma perda total, em caso extremo. A recomendação é buscar orientação junto à instituição onde o título foi adquirido”, ressalta Bento.

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