Caso Hyundai: Trump pede que empresas respeitem leis de imigração dos EUA

Declaração ocorre após detenção de 475 trabalhadores estrangeiros em fábrica da Hyundai.

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Publicado em 08/09/2025 às 16:17h - Atualizado Agora Publicado em 08/09/2025 às 16:17h Atualizado Agora por Marina Barbosa
Trump quer que empresas invistam e treinem trabalhadores americanos (Imagem: Shutterstock)
Trump quer que empresas invistam e treinem trabalhadores americanos (Imagem: Shutterstock)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que as empresas estrangeiras respeitem as leis de imigração americanas.

🗣️ "Seus investimentos são bem-vindos e os encorajamos a trazer LEGALMENTE suas pessoas inteligentes, com grande talento técnico, para desenvolver produtos de classe mundial e tornaremos isso possível de forma rápida e legal", escreveu Trump, no Truth Social, nesse domingo (7).

A declaração ocorre após a detenção de 475 trabalhadores estrangeiros, na sua maioria sul-coreanos, em uma fábrica de baterias para carros elétricos da Hyundai, na última quinta-feira (4).

A operação demonstrou o avanço do cerco contra a imigração legal nos Estados Unidos. Contudo, levantou questionamentos sobre o impacto dessa política nas empresas estrangeiras que investem nos Estados Unidos.

Trump quer que as empresas invistam e produzam em solo americano, de forma a aumentar os empregos industriais e a produção nacional de itens estratégicos para o país.

A iniciativa, no entanto, depende de trabalhadores qualificados, com conhecimento dos processos de cada indústria. Por isso, muitas empresas costumam levar alguns de seus trabalhadores para esses novos projetos.

🚔Diante desse impasse, Trump defendeu a operação que levou a detenção dos trabalhadores da Hyundai, alegando que esse pessoal estava de forma ilegal no território americano.

Contudo, reconheceu que o governo precisa encontrar uma solução para permitir que as empresas levem especialistas para treinar os trabalhadores americanos em determinadas tarefas.

"Se você não tem pessoas neste país agora que entendem de baterias, talvez devêssemos ajudá-los, e deixar algumas pessoas entrarem e treinar nosso povo para fazer, sabe, coisas complexas, seja fabricação de baterias ou fabricação de computadores ou construção de chips", afirmou, ao conversar com jornalistas nesse domingo (7).

Mais tarde, apelou nas redes sociais para que as empresas respeitem as leis de imigração americanas e reforçou que a migração de especialistas estava no radar do governo. Contudo, destacou que, em troca, quer que essas companhias contratem e treinem trabalhadores americanos.