Brasil volta a liderar ranking mundial de juros reais
Apesar de queda da Selic, taxa de juros reais brasileira subiu para 6,9%, segundo o MoneYou
O Brasil voltou a ter os maiores juros reais do mundo, apesar de a taxa Selic ter sido cortada novamente nesta quarta-feira (1º). O Copom (Comitê de Política Monetária) reduziu a taxa básica de juros da economia brasileira em 0,5 ponto percentual, para 12,25%
Segundo o MoneYou, a taxa de juros reais brasileira subiu de 6,4% em setembro para 6,9% nesta quarta-feira (1º). O avanço foi registrado mesmo com a queda da Selic por causa de expectativas mais altas de juros no futuro e da queda das projeções correntes de inflação.
"As recentes declarações do governo em relação à questão fiscal afetaram a abertura das curvas de juros e a combinação com projeções mais baixas de inflação, levaram à ascensão do Brasil no ranking", afirma o levantamento.
Leia também: Copom reduz taxa Selic para 12,25% ao ano
A taxa de juro real é calculada descontando a inflação prevista para os próximos 12 meses da taxa de juros nominal do país. Para calcular a taxa brasileira, o MoneYou levou em conta a inflação projetada para os próximos 12 meses no Boletim Focus e a taxa de juros DI a mercado para os próximos 12 meses.
Ranking de juros reais
Com a taxa de 6,90%, o Brasil voltou a liderar o ranking mundial de juros reais. O país havia deixado a liderança do ranking na última reunião do Copom, em setembro, quando a Selic foi cortada de 13,25% para 12,75%. À época, o México ficou com o pódio do ranking.
Veja os 10 maiores juros reais do mundo:
- Brasil: 6,90%;
- México: 6,89%;
- Colômbia: 5,48%;
- Hungria: 4,62%;
- Chile: 4,44%;
- Indonésia: 3,93%;
- Rússia: 3,69%;
- República Tcheca: 3,31%;
- Hong Kong: 2,90%;
- África do Sul: 2,64%.
Segundo o MoneYou, cortes de juros como os que vêm acontecendo no Brasil ainda são exceção. Entre os 176 países avaliados pelo levantamento, apenas 10% reduziram os juros. Outros 22,5% elevaram e os demais 67,5% mantiveram as taxas inalteradas nos últimos 45 dias.
"O movimento global de políticas de aperto monetário continuou a ganhar força, com o aumento expressivo no número de BCs sinalizando preocupação com a inflação, mesmo com a queda do preço de commodities", afirma o MoneYou.
Renda fixa isenta de IR: FS Bio recompra CRAs pagando IPCA+ 11% ao ano
Crise no crédito de empresas do agronegócio faz taxas dispararem e preços dos títulos caírem na marcação a mercado
Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima
Agora é a renda fixa que fará B3 (B3SA3) pagar mais dividendos
Genial Investimentos aponta avenidas de crescimento e preço-alvo da dona da bolsa de valores brasileira
Selic a 10,75%: Quanto rende o seu dinheiro em LCA e LCI
Saiba como está a rentabilidade da renda fixa bancária isenta de imposto de renda
Petroleira paga taxa equivalente a IPCA+ 9,50% ao ano em debêntures isentas
BTG Pactual vê oportunidade em renda fixa isenta de imposto emitida por empresa que acaba de se fundir na bolsa brasileira
Tesouro Direto sobe mais de 1% em apenas 1 dia com agito das eleições nos EUA
Juros compostos caem e preços dos títulos saltam na marcação a mercado aqui no Brasil, com ligeira vantagem de Kamala Harris contra Donald Trump
Pai de todos os indicadores de economia no mundo rouba a cena na semana
Payroll nos EUA sairá nesta sexta-feira (4), dando pistas sobre ciclo de corte de juros
Poupança renderá mais com Selic a 10,75%? Cuidado com o mico
Rentabilidade da caderneta de poupança pode ficar travada pelos próximos cinco anos