Bitcoin (BTC) realmente se tornou uma proteção contra a inflação?

O Bitcoin (BTC) foi um dos ativos que tiveram as melhores performances no ano passado, mas seu desempenho vem sendo favorável já há alguns anos. Por isso, muitos analistas financeiros classificam esta como uma opção de proteção contra a inflação. 

💰 Embora isso não seja um consenso entre os profissionais do mercado financeiro, é quase unanimidade para quem está dentro do setor de criptomoedas. “O Bitcoin é um ativo escasso, como o ouro, e em uma janela (de tempo) mais longa, de quatro anos, por exemplo, não há investimento que performe melhor do que o bitcoin”, disse Sebástian Serrano, CEO da Ripio, em entrevista à Inteligência Financeira.

Este pode ser um ativo ainda mais interessante em países com inflação disparada, caso da Argentina, onde a alta dos preços em 2024 deve ficar acima de 115%, conforme informações preliminares. Por lá, inclusive, já há muitos comércios que aceitam o pagamento de produtos com uso de criptos, como o Bitcoin. 

‘Se você é turista e vai ao bairro de Palermo, em Buenos Aires, vai encontrar 20, 25 restaurantes, aceitando (pagamento em) criptomoedas. Inclusive, alguns, dão 15%, outros 25% de desconto (para pagamento em cripto)’, destacou Serrano à reportagem. 

Recentemente, o JP Morgan destacou a função do ouro e das criptomoedas como proteção contra a alta dos preços, dizendo que o uso dessas ferramentas veio para ficar. Segundo o banco norte-americano, porém, a falta de liquidez pode ser um fator que impeça muitas pessoas de usarem esses ativos como reserva de valor.

➡️ Leia mais: XP projeta inflação brasileira acima de 6% em 2025; veja o motivo

De qualquer maneira, há muita expectativa sobre o movimento que o Bitcoin deve registrar em 2025, considerando a alta expressiva pavimentada no ano passado. Considerando que esta é uma opção de renda variável, o desempenho futuro é essencial para indicar se os aportes feitos foram efetivos ou não. 

No acumulado deste ano, a moeda digital carrega uma leve baixa de 1,7%, performando abaixo da marca de US$ 100 mil, uma linha muito aguardada pelos investidores e que foi atingida pela primeira vez em dezembro do ano passado. Apesar disso, desde janeiro do ano passado, a principal criptomoeda do mercado soma mais de 100% de valorização, de acordo com dados dos monitores de mercado.