BCE mantém juros inalterados em 4%, após sequência de altas

Banco Central Europeu citou queda da inflação em setembro como fator chave para decisão

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Publicado em 26/10/2023 às 12:53h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 26/10/2023 às 12:53h Atualizado 1 mês atrás por Juliano Passaro
BCE: Taxa de juros da zona do euro segue na máxima histórica (Shutterstock)
BCE: Taxa de juros da zona do euro segue na máxima histórica (Shutterstock)

O BCE (Banco Central Europeu) manteve a sua taxa de juros referência em 4% ao ano, após uma sequência de dez altas. A taxa, no entanto, segue no nível de máxima histórica. A decisão foi comunicada nesta quinta-feira (26).

A autoridade monetária destacou que o fator preponderante para a manutenção da taxa de juros foi a queda da inflação em setembro. O BCE, no entanto, entende que a inflação seguirá elevada por um longo período. Dessa forma, os juros devem seguir nos patamares atuais.

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A taxa de empréstimos foi mantida a 4,75%, pelo BCE, e a de refinanciamento a 4,5% ao ano.

"Ainda se espera que a inflação permaneça demasiado elevada durante demasiado tempo, e as pressões internas sobre os preços permanecem fortes. Ao mesmo tempo, a inflação desceu consideravelmente em setembro, incluindo devido a fortes efeitos de base, e a maioria da medidas da inflação subjacente continuou a abrandar", informou o BCE em comunicado.

A autoridade monetária assegurou seu compromisso em fazer com que a inflação chegue a meta de 2%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que os alimentos e a energia pressionarão o índice de preços nos próximos meses.

“O aumento das tensões geopolíticas pode elevar os preços de energia no curto prazo, ao mesmo tempo em que torna a perspectiva de médio prazo mais incerta. As condições climáticas extremas e o desdobramento da crise climática de forma mais ampla podem fazer com que os preços dos alimentos subam mais do que o esperado”, afirmou Lagarde à imprensa.