Banco prevê taxa Selic em 15,75% e possível corte somente em abril de 2026
De acordo com o relatório, a Selic pode alcançar um pico de 15,75% em julho deste ano, com cortes previstos apenas para abril de 2026.

🚨 O banco UBS BB divulgou nesta sexta-feira (28), novas projeções que apontam para um cenário desafiador na política monetária brasileira nos próximos anos.
De acordo com o relatório publicado pelos economistas Alexandre de Azara, Fabio Ramos e Rodrigo Martins, a taxa Selic pode alcançar um pico de 15,75% em julho deste ano, com cortes previstos apenas para abril de 2026.
A instituição acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) terá de intensificar os ajustes na taxa básica de juros para controlar a inflação.
A previsão de inflação oficial para o horizonte relevante — terceiro trimestre de 2026 — é de 3,9%, enquanto para o quarto trimestre de 2025, espera-se que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atinja 3,7%. Este percentual ainda está distante da meta estabelecida de 3% pelo Banco Central.
Diante desse cenário, os economistas do UBS BB consideram que o Banco Central precisará adotar medidas mais rigorosas.
Para eles, o Copom deve optar por elevações mais significativas da Selic, com acréscimos de 0,50 e 0,25 ponto percentual (p.p.) em maio e junho de 2025, respectivamente.
"Esperamos outro aumento de 0,50 p.p. em junho, o que elevaria a taxa Selic para 15,25%", afirmam os analistas no relatório. A projeção é de que, na reunião de julho, ocorra mais um ajuste de 0,50 p.p., levando a Selic para o patamar máximo de 15,75%.
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Cortes somente a partir de 2026
No que diz respeito ao alívio monetário, os especialistas do UBS BB acreditam que o Banco Central só dará início a uma trajetória de cortes na Selic a partir de abril de 2026.
A expectativa é de que ocorram seis reduções consecutivas de 0,50 p.p. ao longo do ano, fazendo com que a Selic encerre 2026 em 12,75%.
Revisões no PIB e câmbio
📈 Além das previsões para a Selic, o UBS BB atualizou suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) e para o câmbio. A estimativa de crescimento econômico brasileiro foi ajustada de 1,3% para 1,5% em 2025.
De acordo com os economistas, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de janeiro revelou um desempenho mais robusto do que o esperado para o primeiro trimestre, impulsionado, principalmente, pela produção agrícola.
Apesar desse ajuste positivo, o banco alerta para um cenário de estagflação nos próximos trimestres, com a economia brasileira enfrentando desafios significativos tanto em 2025 quanto em 2026.
Em relação ao câmbio, o UBS BB revisou para baixo sua projeção para o dólar, estimando uma cotação de R$ 5,80 por unidade em 2025, frente à expectativa anterior de R$ 6,00.
Esse ajuste é atribuído ao desempenho mais favorável de moedas de mercados emergentes e à perspectiva de elevação das taxas locais.
📊 As previsões do UBS BB revelam um cenário de cautela para a economia brasileira, com a expectativa de juros elevados e um crescimento econômico limitado nos próximos anos.

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