Banco Mundial revela tendência de crescimento no Sul asiático, em meio a desafios

Tendência de crescimento na região liderada pela Índia, mas desafios estruturais persistem.

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Publicado em 02/04/2024 às 21:11h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 02/04/2024 às 21:11h Atualizado 3 meses atrás por Jennifer Neves
Foto - Shutterstock
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🏦 De acordo com avaliação do Banco Mundial, o Sul Asiático continuará liderando o crescimento global nos próximos dois anos, impulsionado principalmente pelo avanço da Índia.

Entretanto, persistem desafios estruturais que ameaçam minar esse crescimento sustentado, limitando a capacidade da região de gerar empregos e lidar com os impactos das mudanças climáticas, conforme indicado pela instituição internacional.

No relatório semestral sobre a perspectiva regional, o Banco Mundial previu que a economia da região crescerá 6,0% em 2024 e 6,1% em 2025. A Índia, como a principal economia da região, deverá registrar um crescimento do PIB de 7,5% no ano financeiro 2023/2024, antes de estabilizar em 6,6% a médio prazo. Além da Índia, espera-se que o Paquistão e o Sri Lanka também impulsionem o desempenho regional.

Apesar da perspectiva positiva para o Sul Asiático, o relatório alertou para desafios significativos. Em muitos países, o crescimento econômico ainda não retornou aos níveis pré-pandemia e continua dependente de investimentos públicos.

Além disso, o investimento privado diminuiu consideravelmente em todos os países do Sul da Ásia, enquanto a geração de empregos não está acompanhando o rápido crescimento da população em idade ativa.

Desde 2000, a proporção da população em idade ativa empregada tem diminuído no território. Em 2023, a taxa de emprego no Sul da Ásia era de 59%, em comparação com 70% em outros mercados emergentes e regiões em desenvolvimento.

O Banco Mundial ressaltou que o Sul Asiático é a única região onde a proporção de homens em idade ativa empregados diminuiu nas últimas duas décadas, e onde há a menor porcentagem de mulheres empregadas nessa faixa etária. Isso impede que a região aproveite plenamente o potencial demográfico, resultando em uma "oportunidade perdida", conforme apontou o economista-chefe para o Sul da Ásia, Franziska Ohnsorge.