Banco Central mantém taxa Selic em 15% ao ano e reafirma fim do aperto monetário

A decisão foi unânime entre os membros do colegiado e já era amplamente antecipada pelo mercado.

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Publicado em 30/07/2025 às 18:36h - Atualizado 8 horas atrás Publicado em 30/07/2025 às 18:36h Atualizado 8 horas atrás por Matheus Silva
O cenário de estabilidade já havia sido sinalizado no último comunicado do Copom (Imagem: Shutterstock)
O cenário de estabilidade já havia sido sinalizado no último comunicado do Copom (Imagem: Shutterstock)

🚨 O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (30), manter a taxa Selic em 15% ao ano, encerrando oficialmente o ciclo de aperto monetário iniciado em setembro de 2024.

A decisão foi unânime entre os membros do colegiado e já era amplamente antecipada pelo mercado.

O cenário de estabilidade já havia sido sinalizado no último comunicado do Copom, quando o Banco Central indicou que faria uma pausa para avaliar os efeitos acumulados das elevações já realizadas ao longo dos últimos meses.

Segundo dados do mercado, as Opções de Copom indicavam 96,2% de chance de manutenção da taxa, reforçando o consenso de que o BC encerraria, ao menos temporariamente, sua política de aumento dos juros básicos da economia.

Relembre o ciclo de alta da Selic

O atual ciclo de elevação da Selic teve início em setembro de 2024, com uma alta de 0,25 ponto percentual, que elevou a taxa de 10,50% para 10,75% ao ano.

Desde então, o ritmo das elevações foi intensificado para conter pressões inflacionárias persistentes e o aquecimento da atividade econômica.

📊 Confira a evolução da Selic desde o início do ciclo:

  • Setembro/24: 10,75%
  • Novembro/24: 11,25%
  • Dezembro/24: 12,25% (com altas já contratadas)
  • Janeiro/25: 13,25%
  • Março/25: 14,25%
  • Maio/25: 14,75%
  • Junho/25: 15%

Com isso, foram nove elevações consecutivas, totalizando um aumento de 4,5 pontos percentuais em menos de um ano.

A taxa básica de juros retornou ao patamar de dois dígitos, refletindo o esforço da autoridade monetária para ancorar as expectativas de inflação dentro da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

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O que esperar daqui para frente?

Agora, os olhares do mercado se voltam para os próximos passos do Copom, especialmente diante de um cenário externo mais desafiador e de incertezas fiscais no Brasil.

Apesar da interrupção no ciclo de alta, o Banco Central sinalizou que pode retomar os aumentos, caso as expectativas de inflação voltem a se deteriorar.

📈 Assim, os dados de atividade, inflação e câmbio nos próximos meses serão determinantes para a condução da política monetária até o fim de 2025.