Aumento do IOF: 52% da população considera um erro; 44%, apoiam, diz Atlas

A pesquisa ouviu 2.621 pessoas entre 27 e 30 de junho, com margem de erro de dois pontos percentuais.

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Publicado em 08/07/2025 às 11:32h - Atualizado 15 horas atrás Publicado em 08/07/2025 às 11:32h Atualizado 15 horas atrás por Elanny Vlaxio
Outros 4% não souberam opinar (Imagem: Shutterstock)
Outros 4% não souberam opinar (Imagem: Shutterstock)

De acordo com pesquisa AtlasIntel/Bloomberg publicada nesta terça-feira (8), 52% da população avaliam como um erro o decreto do governo federal que prevê o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Para 44% dos entrevistados, a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi correta. Outros 4% não souberam opinar. A pesquisa ouviu 2.621 pessoas entre 27 e 30 de junho, com margem de erro de dois pontos percentuais e 95% de nível de confiança.

Em que pé está o IOF

A decisão do Congresso Nacional de revogar o decreto presidencial e derrubar as medidas do governo gerou ampla repercussão nas últimas semanas. Diante disso, o governo Lula acionou o STF (Supremo Tribunal Federal), que marcou uma audiência de conciliação entre os Poderes Executivo e Legislativo.

Mais cedo nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou o impasse sobre o IOF afirmando que a discussão “não é Fla-Flu”. Segundo ele, o decreto que ele assinou elevando as alíquotas tem como objetivo enfrentar o planejamento tributário.

“As pessoas precisam ter um pouco de honestidade intelectual no debate público, porque nosso objetivo é um só. Depois de 10 anos, estamos buscando resultados fiscais robustos para garantir que a economia continue crescendo com baixo desemprego, inflação em queda”, disse Haddad em entrevista ao site 'Metrópoles".

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Segundo o ministro, “algumas pessoas estão querendo sabotar o crescimento econômico do país”. Ele garantiu que o governo Lula nunca se afastou das negociações envolvendo pautas fiscais e declarou ter dúvidas de que algum outro ministro da Fazenda tenha dialogado tanto com o Congresso como ele.

“Pode fazer o levantamento do período que você quiser. Recebi na Fazenda mais do que qualquer ministro. Fui às residências oficiais mais do que qualquer ministro e continuarei a fazê-lo se o interesse público estiver em 1º lugar”, disse Haddad.