As 10 ações brasileiras que mais perderam valor em dólares em 2024; você tem alguma?

Levantamento exclusivo elaborado pelo consultor Einar Rivero, da Elos Ayta, mostra as companhias mais penalizadas pela alta do dólar

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Publicado em 22/11/2024 às 16:44h - Atualizado Agora Publicado em 22/11/2024 às 16:44h Atualizado Agora por Lucas Simões
Quando o dólar sobe, o Ibovespa em dólares tende a cair  (Imagem: Shutterstock)
Quando o dólar sobe, o Ibovespa em dólares tende a cair (Imagem: Shutterstock)

A valorização do dólar é uma faca de dois gumes. Se, por um lado, ela impulsiona as exportações brasileiras, por outro, mina o retorno dos investimentos internacionais no país. E pelo menos 10 ações listadas na B3 chegaram a tombar entre 49% e 74% no acumulado de 2024.

É o que revela o levantamento exclusivo elaborado pelo consultor Einar Rivero, CEO da Elos Ayta, que chega a conclusão de que o impacto da alta do dólar contra o nosso real não é homogêneo.

"Alguns setores foram atingidos com mais força, e os números são contundentes. O setor de transporte aéreo, por exemplo, é o mais penalizado. A Azul (AZUL4) amarga uma queda de impressionantes 74,74% em dólares", destaca Rivero.

Na sequência, o setor de serviços educacionais também está em maus lençóis. Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3) despencaram 68,52% e 62,18%, respectivamente. 

As dificuldades de recuperação pós-pandemia e a desconfiança dos investidores pesam sobre o setor, que ainda luta para se reerguer, conforme o especialista.

O varejo, por sua vez, reflete a realidade do consumo brasileiro. Magazine Luiza (MGLU3) viu suas ações desabarem 64,56%. Com o crédito mais caro e o poder de compra das famílias corroído, o cenário não é dos melhores. 

No setor de alimentos, Carrefour Brasil (CRFB3) e Assaí (ASAI3) não escaparam da crise, com quedas de 57,82% e 57,31%.

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10 ações listadas na B3 que mais caíram em dólares no ano

  1. Azul (AZUL4): −74,74% / Transporte aéreo
  2. Cogna (COGN3): −68,52% / Serviços educacionais
  3. Magazine Luiza (MGLU3): −64,56% / Varejo
  4. Yduqs (YDUQ3): −62,18% / Serviços educacionais
  5. Carrefour Brasil (CRFB3): −57,82% / Supermercados
  6. Assaí (ASAI3): −57,31% / Supermercados
  7. MRV (MRVE3): −53,83% / Imobiliário
  8. Cosan (CSAN3): −53,32 / Holding com diversos negócios
  9. Hypera (HYPE3): −51,93% / Fabricação de medicamentos
  10. Raízen (RAIZ4): −49,41% / Produção de açúcar e etanol

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Ibovespa em dólares melhorará logo?

No acumulado de 2024, o Ibovespa teve queda de −21,28% em dólares — o pior desempenho desde 2015, quando o índice despencou 41,03% na moeda americana.

Para Einar Rivero, a explicação para esse cenário desafiador passa, inevitavelmente, pela valorização do dólar. Neste ano, o dólar Ptax subiu 20,16%, tornando qualquer investimento no Brasil bem menos atraente para o capital estrangeiro.

A relação histórica é clara: quando o dólar sobe, o Ibovespa em dólares tende a cair. Em 2002, por exemplo, o dólar disparou 52,27% e o índice despencou 45,5% na moeda americana. Já em 2009, o cenário foi inverso: o dólar caiu 25,49% e o Ibovespa em dólares explodiu em uma alta de 145,16%.

"Olhando para o futuro, o cenário é desafiador. A relação entre o desempenho do Ibovespa e a valorização do dólar não é uma novidade, mas em 2024 ela voltou a mostrar sua força", pondera o consultor financeiro.

Ou seja, enquanto o real continuar perdendo valor, o investidor estrangeiro continuará cauteloso. E, como é sabido, o humor desse investidor tem um peso enorme na bolsa brasileira.

AZUL4

AZUL
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DY

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