Arrecadação federal cresce 11,2% em novembro e bate recorde no acumulado de 2024

Apesar do desempenho expressivo, o número ficou ligeiramente abaixo das expectativas do mercado, que projetavam R$ 210 bilhões.

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Publicado em 07/01/2025 às 12:07h - Atualizado 15 horas atrás Publicado em 07/01/2025 às 12:07h Atualizado 15 horas atrás por Matheus Rodrigues
O recorde para novembro permanece com o ano de 2013 (Imagem: Shutterstock)
O recorde para novembro permanece com o ano de 2013 (Imagem: Shutterstock)

💲 A arrecadação do governo federal registrou crescimento real de 11,21% em novembro de 2024, totalizando R$ 209,22 bilhões, consolidando-se como o segundo maior resultado para o mês desde o início da série histórica em 1995.

O recorde para novembro permanece com o ano de 2013. Apesar do desempenho expressivo, o número ficou ligeiramente abaixo das expectativas do mercado, que projetavam R$ 210 bilhões, segundo levantamento da Reuters.

No acumulado de janeiro a novembro, a arrecadação federal alcançou R$ 2,391 trilhões, uma alta real de 9,82% em relação ao mesmo período de 2023, configurando o maior patamar já registrado para o período.

Fatores de crescimento em novembro

O desempenho da arrecadação em novembro foi impulsionado por diversos fatores, como a retomada da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, o aumento das importações e uma taxa de câmbio favorável ao crescimento das receitas do comércio exterior.

Entre os destaques por tributo, o PIS/Pasep e a Cofins apresentaram crescimento real de 17,66%, somando R$ 46,09 bilhões.

Já a arrecadação de Imposto de Importação e IPI vinculado avançou 58,52%, atingindo R$ 10,64 bilhões.

O Imposto de Renda de empresas e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) tiveram aumento de 12,41%, alcançando R$ 32,69 bilhões.

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Impacto setorial

Na análise setorial, a arrecadação de entidades financeiras registrou alta de 14,27% em relação a novembro de 2023, enquanto os setores de comércio atacadista, combustíveis e fabricação de veículos também contribuíram de forma significativa para os resultados.

Por outro lado, as receitas administradas por outros órgãos, como royalties da exploração de petróleo, apresentaram queda de 15,23% no mês, totalizando R$ 6,13 bilhões.

No acumulado do ano, no entanto, esses recursos cresceram 8,01%, chegando a R$ 121,27 bilhões.

Sustentação fiscal e desafios para 2025

📊 Embora os resultados positivos sejam um alívio para o objetivo de déficit zero do governo em 2024, analistas de mercado permanecem atentos aos desafios fiscais de longo prazo.

A recente apresentação de medidas de contenção de gastos públicos foi vista como insuficiente, gerando preocupações sobre a sustentabilidade do arcabouço fiscal e provocando volatilidade nos mercados.

A continuidade do crescimento econômico e a implementação de reformas estruturais serão determinantes para manter a trajetória positiva da arrecadação e reduzir os riscos fiscais no horizonte.