Argentina: Milei terá que lidar com "recessão severa" em 2024, diz IIF

Segundo o instituto, inflação no país vizinho deve permanecer acima de 100%

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Publicado em 20/11/2023 às 16:53h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 20/11/2023 às 16:53h Atualizado 1 mês atrás por Juliano Passaro
Javier Milei, presidente eleito no último domingo (19), na Argentina (Shutterstock)
Javier Milei, presidente eleito no último domingo (19), na Argentina (Shutterstock)

O chefe de pesquisa para América Latina do Instituto de Finanças Internacionais (IIF), Martin Castellano, disse, nesta segunda-feira (20), que a Argentina enfrentará uma recessão severa e a inflação deve seguir na casa dos três dígitos em 2024, independente da política econômica adotada. Javier Milei, economista ultraliberal, venceu as eleições presidenciais no país vizinho, no último domingo (19).

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"Uma recessão dolorosa em 2024 parece inevitável, independentemente das políticas que prevaleçam”, afirmou Castellano.

Segundo o executivo do IIF, a economia da Argentina deve sofrer contração de 1,3% no ano que vem. Neste ano, a economia do país vizinho deve encolher 2,4%.

Castellano também afirmou que a desvalorização cambial deve ser "inevitável" e a inflação ficará acima de 100% em 2024.

O IIF destacou que a vitória de Milei representou um "forte mandato público para buscar a estabilidade econômica".

Em seu primeiro discurso após a vitória na corrida presidencial da Argentina, Milei prometeu fortes cortes nos gastos do governo para reduzir déficits fiscais.

Apesar de não mencionar propostas mais radicais, como a dolarização da economia e o fechamento do Banco Central, Milei afirmou que a crise no país exige ações drásticas, "sem espaço para gradualismos".

"A Argentina tem futuro e esse futuro é liberal", disse Milei.