Apesar de aumentar IDH, Brasil desce duas posições em ranking global do índice

O IDH do Brasil passou de 0,754 para 0,760. No entanto, o País desceu do 87º lugar em 2021 para o 89º em 2022.

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Publicado em 13/03/2024 às 20:04h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 13/03/2024 às 20:04h Atualizado 1 mês atrás por Jennifer Neves
Foto - Shutterstock
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🌏 O Brasil registrou um aumento no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), de 0,754 para 0,760, marca considerada alta pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), que é o órgão responsável pela divulgação do indicador.

Os dados foram divulgado nesta quarta-feira (13). Segundo o PNUD, há uma recuperação global após os impactos da crise da covid-19, embora ainda haja desigualdades significativas e influências da "polarização política".

O IDH varia numa escala de 0 a 1, onde quanto mais próximo de 1, melhor é a classificação do país. Antes da pandemia, o IDH do Brasil atingiu 0,766, mas caiu devido aos impactos socioeconômicos da crise. Agora, o índice está em ascensão novamente, principalmente devido ao aumento da expectativa de vida.

Apesar disso, o Brasil desceu duas posições no ranking global de desenvolvimento da ONU, passando do 87º lugar em 2021 para o 89º em 2022, que é o dado mais recente disponível e ocorreu durante a gestão de Jair Bolsonaro.

O país está à frente de outras nações sul-americanas, como Colômbia e Equador, mas fica atrás de vizinhos como Uruguai e Argentina.

Na América Latina, a média do IDH é de 0,763, ligeiramente superior ao brasileiro. O topo do ranking é ocupado por Suíça, Noruega e Islândia, com os Estados Unidos na 20ª posição, China em 75ª e Índia em 134º.

O IDH é uma medida de progresso a longo prazo em três dimensões fundamentais do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. Os primeiros colocados no ranking são:

  • Suíça, com 0,967
  • Noruega, com 0,966
  • Islândia, com 0,959
  • Hong Kong, China, com 0,956
  • Dinamarca, com 0,952
  • Suécia, com 0,952
  • Alemanha, com 0,950
  • Irlanda, com 0,950
  • Singapura, com 0,949
  • Austrália, com 0,946
  • Holanda, com 0,946
  • Bélgica, com 0,942
  • Finlândia, com 0,942
  • Liechtenstein, com 0,942
  • Reino Unido, com 0.940

O relatório anual, divulgado desde 1990, é uma das publicações mais importantes e influentes da ONU. A organização destaca a recuperação no período pós-pandemia, mas ressalta que ainda é muito desigual.

Uma conclusão do novo relatório é que os países mais ricos estão registrando níveis recordes de desenvolvimento humano, enquanto metade mais pobre do mundo avança a uma taxa mais lenta do que antes da pandemia.

"Todos os anos, alguns países experimentam quedas em seus respectivos valores de IDH, no entanto, 90% dos países viram seus valores de IDH diminuírem tanto em 2020 quanto em 2021, superando em muito o observado após a crise financeira mundial", afirma o documento.

"O ano passado testemunhou alguma recuperação em nível global, mas foi parcial e desigual: a maioria dos países com IDH muito alto viu melhorias, enquanto a maioria dos demais registrou declínios contínuos", continua a entidade.

A organização também destaca os efeitos da crise climática, que estão se intensificando. Além dos efeitos do aumento da temperatura e da perda de biodiversidade, a ONU alerta que o aquecimento global pode "alterar o padrão de exposição a doenças e infecções à medida que as temperaturas mais quentes modificam a distribuição de insetos portadores de doenças".