Americanas (AMER3) tem prejuízo no 4º tri, mas fecha 2024 no azul
Efeitos da recuperação judicial levaram a um lucro R$ 8,3 bilhões no acumulado do ano.

A Americanas (AMER3) registrou um prejuízo líquido de R$ 586 milhões no quarto trimestre de 2024. Ainda assim, fechou o ano no azul.
💲 O resultado negativo do quarto trimestre reverte o lucro líquido de R$ 2,5 bilhões registrado no mesmo período de 2023 e também contrasta com o lucro de R$ 10,3 bilhões obtido no terceiro trimestre de 2024.
A Americanas lembrou, contudo, que esses resultados positivos haviam sido influenciados por diferimento de impostos e os efeitos da sua recuperação judicial, respectivamente.
No quarto trimestre de 2024, a Americanas obteve uma receita líquida de R$ 4,3 bilhões. A cifra caiu 4,5% em relação ao mesmo período de 2023, apesar do impulso da Black Friday e do Natal. O recuo se explica pelo desempenho das vendas digitais e pelo encerramento das lojas de conveniência.
As despesas com vendas, gerais e administrativas, por sua vez, recuaram 15%, devido aos esforços da companhia de cortar custos e aumentar a eficiência. Por isso, o Ebitda ajustado foi positivo em R$ 180 milhões, ante o resultado negativo de R$ 1,2 bilhão do mesmo período de 2023.
Lucro em 2024
Apesar do prejuízo do quarto trimestre, a Americanas conseguiu um lucro líquido de R$ 8,3 bilhões no acumulado de 2024.
📊 O resultado anual foi turbinado pelos efeitos da sua recuperação judicial, em especial os ganhos financeiros decorrentes da quitação das dívidas bilionárias que levaram a varejista a pedir recuperação judicial.
Em balanço publicado nessa quarta-feira (26), a Americanas disse também que "o ano de 2024 foi marcado pela retomada do crescimento e melhora da rentabilidade do varejo físico, pelo redimensionamento dos esforços do digital e pelo início da estruturação da Plataforma de Clientes e Parceiros (PCP) com foco na jornada do cliente".
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Em 2024, o GMV (Volume Bruto de Mercadorias) da Americanas caiu 5,1%, para R$ 21,4 bilhões. O recuo foi puxado pelo varejo digital, cujo GMV caiu quase pela metade, para R$ R$ 3 bilhões. Já o GMV físico subiu 11,9%, para R$ 15,7 bilhões, apesar da decisão da Americanas de fechar 92 lojas ao longo do ano.
De acordo com a Americanas, essas lojas "não atendiam aos critérios de viabilidade da Companhia". A varejista ainda estuda reduzir o tamanho das suas unidades físicas, depois de perceber, em testes, que "um sortimento mais amplo em uma área menor em geral resultou em aumento de conversão".
"Em 2024, avançamos na otimização do nosso portfólio de lojas, com foco na busca por maior eficiência operacional, maior venda por metro quadrado e eficiência no custo de ocupação", afirmou.

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