Alckmin defende retirar energia e alimentos da inflação: "Aumentar juros não vai fazer chover"
Vice-presidente também falou sobre as eleições de 2026.

Em evento nesta segunda-feira (24), o vice-presidente Geraldo Alckmin comentou a decisão do Banco Central de elevar a taxa Selic. Segundo ele, aumentar os juros não vai fazer que chova.
🗣 A fala de Alckmin faz uma referência ao fato de que, em sua análise, os eventos climáticos interferem no desempenho dos preços durante o ano. Por isso, ele defende que os alimentos e os combustíveis sejam retirados do IPCA, o indicador oficial da inflação no país.
"Mencionei o exemplo americano porque ele tira do cálculo da inflação o alimento porque ele é muito clima. Se tenho seca forte, sobe preço do alimento, não adianta aumentar juros que não vai fazer chover, só vou prejudicar a economia", disse o vice-líder do Planalto.
“Eu acho que é uma medida inteligente a gente realmente aumentar o juro naquilo que pode ter mais efetividade na redução da inflação”, defendeu. “Entendo sim que é uma medida que deve ser estudada pelo Banco Central brasileiro.”
➡️ Leia mais: Gleisi Hoffmann cobra mais “sensibilidade” do Copom sobre taxa Selic
Apesar disso, Alckmin tem uma visão mais otimista para o impacto dos preços ao longo deste ano, especialmente pelo recuo do dólar em relação real e uma previsão de alta de 10% na safra de 2025.
"Estamos mais otimistas: o clima melhorou, há expectativa esse ano de crescimento da safra de quase 10%, se no ano passado a indústria ajudou elevar o PIB, esse ano agricultura vai dar um empurrão", complementou.
Durante o evento, ele também falou sobre as medidas implementadas pelo governo federal para reduzir a inflação sobre os alimentos. "Bom destacar que o governo federal não cobra tributo sobre cesta básica, alguns estados têm ICMS, não vou dizer que dá para tirar de tudo, mas as vezes de um ou outro ajuda nessa questão transitória", disse.
Eleições de 2026
🗳 Na opinião do vice-presidente, as eleições presidenciais de 2026 passarão por vários assuntos, mas o foco estará na economia.
“Numa eleição municipal, é muito cidade, manutenção, asfalto, buraco, iluminação, creche, o posto médico. Na eleição para o Estado, é segurança pública, infraestrutura, autoestradas, rede hospitalar. Já no governo federal, é o tema econômico que prevalece", afirmou.
Alckmin foi questionado por um repórter se permanecerá com Lula para uma eventual chapa no próximo pleito e disse estar “muito feliz” com seu atual trabalho.
"Há dois ansiosos na vida: os políticos e os jornalistas. Vamos aguardar", disse. "Em relação ao futuro, é trabalhar bem o que estamos fazendo hoje. Estou muito feliz no que estou fazendo", completou.

Barsi da Faria Lima faz o alerta: Selic em 2025 subirá a 'patamares esquecidos'
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, já acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 e revela estratégia de investimentos para este ano

WEG (WEGE3) pode bater ROIC de 38% em 2025; saiba se analistas investem
Indicadores fundamentalistas favoráveis e cenário de dólar acima dos R$ 6 dão indícios para a ação que já disparou +45% em 20224

Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima

Selic a 10,75%: Quanto rende o seu dinheiro em LCA e LCI
Saiba como está a rentabilidade da renda fixa bancária isenta de imposto de renda

ETFs de fundos imobiliários e FI-Infras podem pagar dividendos? B3 diz que sim
Bolsa de Valores brasileira autoriza a distribuição de dividendos mensais aos que escolheram os ETFs como forma de investir em imóveis e projetos de infraestrutura

Renda fixa isenta de IR: Quais CRAs e CRIs pagam acima de 15% ao ano até 2039?
Ferramenta do Investidor10 simula qual pode ser a rentabilidade dos investimentos que financiam empresas do agronegócio e do mercado imobiliário

FI-Infra: Qual pagador de dividendos mensais está mais acima do Tesouro Direto?
Fundos de infraestrutura investem o dinheiro dos cotistas em debêntures, que estão pagando bem mais que a renda fixa do governo

Petroleira paga taxa equivalente a IPCA+ 9,50% ao ano em debêntures isentas
BTG Pactual vê oportunidade em renda fixa isenta de imposto emitida por empresa que acaba de se fundir na bolsa brasileira