'Ainda não tínhamos uma cadeira vazia', diz Boulos sobre Nunes, que faltou ao primeiro debate

Candidato foi questionado sobre apoio de Alckmin no 2º turno

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Publicado em 10/10/2024 às 09:44h - Atualizado 6 dias atrás Publicado em 10/10/2024 às 09:44h Atualizado 6 dias atrás por Wesley Santana
Guilherme Boulos é candidato pelo PSOL de São Paulo (Imagem: Shutterstock)
Guilherme Boulos é candidato pelo PSOL de São Paulo (Imagem: Shutterstock)

🗣 A rádio CBN havia marcado um debate com os dois candidatos à prefeitura de São Paulo para a manhã desta quinta-feira (10). No entanto, apenas um deles compareceu à agenda de campanha.

Por isso, o debate foi convertido em uma entrevista de uma hora com Guilherme Boulos (PSOL) que terminou o primeiro turno em segundo lugar. A cadeira de Ricardo Nunes (MDB) permaneceu vazia durante toda a sabatina, conforme previam as regras impostos pelo pool de veículos que ainda contava com os jornais O Globo e Valor Econômico. 

“Nós tivemos nessa eleição muito problema com cadeira, mas ainda não havíamos tido uma cadeira vazia”, disparou Boulos sobre seu adversário. Nos minutos iniciais, ele aproveitou para fazer críticas à gestão de Nunes à frente da prefeitura. 

➡️ Leia mais: Marçal nega apoio a Nunes e prevê derrota do atual prefeito no 2º turno

Durante a entrevista, o candidato respondeu a perguntas de jornalistas sobre diversos assuntos, inclusive sobre o apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin, que era mandatário do estado de SP em 2012, quando Boulos foi preso em uma desocupação de terras. “Quem mudou nesses doze anos, para que o senhor e Alckmin estejam hoje de mãos dados?”, indagou Milton Jung. 

“Quem mudou foi o Brasil. Nessa mesma época, Lula e Alckmin eram adversários, que se criticavam às vezes com mais dureza do que eu a ele. Hoje, ele é vice do Lula”, disse Boulos, complementando que é preciso fazer alianças para vencer a oposição de direita. 

Boulos também foi questionado sobre uma mudança no tom de sua campanha entre o primeiro e o segundo turno. A acusação é que ele teria aumentado a aposta na tentativa de atrair o eleitorado que votou em Pablo Marçal (PRTB). 

“Onde talvez algumas pessoas vejam estridência, radicalismo, eu vejo firmeza, e isso também é o que as pessoas vão escolher no segundo turno, se querem um prefeito fraco, que atua como marionete, um pau mandado de outros interesses", pontuou.