Ibovespa supera os 138 mil pontos pela 1ª vez na história
Novo recorde reflete a percepção do mercado de que o ciclo de alta dos juros está perto do fim no Brasil.

O Ibovespa bateu um novo recorde nesta terça-feira (13), ao tocar nos 138 mil pontos pela primeira vez na história.
🚀 O principal índice da bolsa brasileira atingiu os 138.050 pontos às 10h46. Com isso, superou o recorde anterior de 137.634 pontos, registrado na última quinta-feira (8).
O Ibovespa, no entanto, não parou por aí e logo renovou essa máxima histórica, chegando a tocar nos 138.942 pontos às 12h28.
Depois desse pico, o Ibovespa cedeu. Contudo, segue operando em alta forte, acima dos 138 mil pontos. Às 15h15, por exemplo, subia 1,51%, aos 138.624 pontos.
O que explica o novo recorde do Ibovespa?
A bolsa brasileira sobe mais de 1% nesta terça-feira (13), impulsionada por diversos fatores. O principal deles é a percepção do mercado de que o ciclo de alta da Selic está perto do fim.
💲 O Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa básica de juros da economia brasileira para 14,75% na última quarta-feira (7). Contudo, deixou em aberto o rumo da Selic.
Em ata publicada nesta terça-feira (13), o Copom disse que será preciso manter os juros altos "por período prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta".
Contudo, não disse se pretende elevar novamente os juros na sua próxima reunião, marcada para 29 e 30 de julho.
Na avaliação do comitê, "o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação".
🔎 A leitura do mercado é de que, dessa forma, o Copom indica que o ciclo de alta dos juros está perto do fim. Por isso, os juros futuros operam em queda nesta terça-feira (13) e a bolsa, em alta.
O Itaú BBA, por exemplo, revisou as suas projeções para incorporar a possibilidade de que a Selic siga em 14,75%.
"Embora a ata não feche a porta para um aumento adicional, o comitê parece estabelecer uma barra alta para tal movimento. Assim, revisamos nossa projeção para a taxa Selic ao final do ciclo para 14,75%. Essa também deve ser a taxa ao final do ano, já que não prevemos condições, nos próximos trimestres, que permitam ao Copom começar a cortar – isso deve ocorrer no início de 2026", avaliou o banco.
Além disso, a bolsa brasileira ganha com a alta dos preços internacionais do minério de ferro, que impulsionam as ações da Vale (VALE3) e de outras mineradoras listadas na B3.
O fato de a inflação americana ter vindo dentro do esperado em abril, com uma alta de 0,2%, também ajuda os negócios. O mercado ainda monitora os resultados corporativos do primeiro trimestre de 2025, além do acordo para a redução temporária das tarifas comerciais entre Estados Unidos e China.