Fundo RBVA11 reduz exposição bancária após venda milionária em São Paulo

O negócio gerou um lucro de R$ 4,93 milhões para os cotistas, o que representa R$ 0,03 por cota.

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Publicado em 13/05/2025 às 16:15h - Atualizado 2 minutos atrás Publicado em 13/05/2025 às 16:15h Atualizado 2 minutos atrás por Matheus Silva
Segundo fato relevante, a operação foi realizada à vista, no valor de R$ 9,4 milhões (Imagem: Shutterstock)
Segundo fato relevante, a operação foi realizada à vista, no valor de R$ 9,4 milhões (Imagem: Shutterstock)

💲 O fundo imobiliário Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11) anunciou, nesta terça-feira (13), a venda de um imóvel localizado no bairro de Santa Cecília, em São Paulo, atualmente alugado para a Caixa Econômica Federal.

Segundo fato relevante, a operação foi realizada à vista, no valor de R$ 9,4 milhões — o equivalente a R$ 7,7 mil por metro quadrado.

O negócio gerou um lucro de R$ 4,93 milhões para os cotistas, o que representa R$ 0,03 por cota, já considerando o recente desdobramento do fundo.

O valor negociado superou em 110% o custo de aquisição e ficou 15,3% acima da última avaliação do imóvel, realizada em dezembro de 2024.

Além do ganho direto, a venda proporcionou uma taxa interna de retorno (TIR) de 17,75% ao ano, equivalente a IPCA +11,2% ou CDI +7,8%.

O fundo também reforçou a distribuição extraordinária de dividendosprevista para este semestre, com um adicional de R$ 0,09 por cota ao mês.

Estratégia de reciclagem de portfólio avança

A transação integra o movimento de reciclagem de ativos adotado pela gestão do fundo. Desde o início dessa estratégia, o RBVA11 já vendeu 21 imóveis, arrecadando R$ 220 milhões e acumulando ganhos de capital de R$ 70 milhões.

Segundo a Rio Bravo Investimentos, a diferença positiva entre os valores de venda e os laudos de avaliação soma R$ 41 milhões.

Essa movimentação busca não apenas realizar lucros, mas também ajustar a composição da carteira para novos ciclos de crescimento e geração de valor aos cotistas.

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Menor exposição ao setor bancário

Com a venda do imóvel à Caixa Econômica Federal, o RBVA11 reduziu ainda mais a participação do setor bancário em seu portfólio, que agora representa menos de 28% do patrimônio total do fundo.

Além disso, a Cogna (COGN3) — maior grupo privado de educação do país — assumiu a liderança da receita contratada do portfólio, substituindo a Caixa como principal locatária.

Essa é a primeira vez que uma empresa fora do setor financeiro ocupa esse posto no RBVA11.

“O RBVA11 nasceu como um FII 100% de agência, e agora deixa de ter um banco como principal inquilino, isso é muito significativo”, explicou Alexandre Rodrigues, gestor do fundo e sócio da Rio Bravo Investimentos.

📈 O movimento reforça a estratégia de diversificação e redução de riscos, em linha com as novas diretrizes de gestão do fundo.