Exchange: o guia completo de como funciona e suas vantagens

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Publicado em 16/10/2024 às 03:45h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 16/10/2024 às 03:45h Atualizado 1 dia atrás por João Henrique Possas
Aqui você tem tudo que precisa saber sobre exchanges
Aqui você tem tudo que precisa saber sobre exchanges

O universo das criptomoedas, com destaque para o Bitcoin (BTC), trouxe uma verdadeira revolução no mercado financeiro global, e as exchanges são fundamentais nesse novo cenário.

As exchanges — também chamadas de corretoras de criptoativos — atuam como intermediárias nas transações de compra e venda de moedas digitais.

Elas cobram uma taxa por esses serviços e permitem aos usuários negociar com ativos como Ethereum (ETH), Cardano (ADA), entre muitos outros.

No Brasil, o mercado cripto vem crescendo em ritmo acelerado, e as exchanges estão cada vez mais populares entre os investidores.

Este guia detalha tudo o que você precisa saber sobre como funcionam, suas vantagens, desvantagens e o que observar na hora de escolher a plataforma ideal para investir.

O que é uma exchange de criptomoedas?

Uma exchange de criptomoedas é uma plataforma digital que atua como intermediária na compra, venda e troca de criptoativos, como Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e outras altcoins.

Essas plataformas são essenciais para o mercado de criptomoedas, funcionando de forma semelhante a corretoras no mercado tradicional de ações, mas focadas em ativos digitais.

Elas permitem que investidores comprem, vendam e armazenem criptomoedas de maneira rápida, segura e eficiente, oferecendo uma gama de serviços, incluindo a custódia e até o uso de criptoativos como forma de pagamento.

A Receita Federal define as exchanges como pessoas jurídicas que prestam serviços de intermediação em operações com criptoativos.

Isso inclui a negociação e a custódia, além de permitir que elas aceitem pagamentos em moeda fiduciária (reais, dólares) ou em outras criptomoedas.

As exchanges são uma peça fundamental do ecossistema cripto, conectando compradores e vendedores de forma prática, com preços regulados pela oferta e demanda do mercado.

Principais características das exchanges

Variedade de criptomoedas

A variedade de criptomoedas oferecida nas exchanges vai muito além dos populares Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH).

Hoje, essas plataformas oferecem uma gama diversificada de altcoins, que permitem aos investidores explorar diferentes vertentes da inovação no universo cripto.

Entre as principais estão a Solana (SOL), conhecida por sua alta escalabilidade e baixas taxas de transação; Cardano (ADA), com seu foco em sustentabilidade e segurança, sendo uma das pioneiras em prova de participação (PoS); e a famosa Dogecoin (DOGE), que começou como uma "meme coin", mas se consolidou como uma das criptomoedas mais negociadas devido ao suporte de grandes influenciadores e adoção popular.

Além dessas, as exchanges também disponibilizam XRP, utilizada em transações internacionais rápidas e de baixo custo, e o Chainlink (LINK), que traz contratos inteligentes para fora do blockchain, conectando-os a dados do mundo real por meio de oracles descentralizados.

Essa ampla gama de opções oferece aos investidores a oportunidade de diversificar seus portfólios, acessando projetos com diferentes aplicações, propostas e potenciais de valorização.

O que diferencia muitas altcoins é seu foco em casos de uso específicos, como finanças descentralizadas (DeFi), tokens não fungíveis (NFTs) e contratos inteligentes, atraindo perfis diversos de investidores.

Além disso, as exchanges estão constantemente listando novas criptomoedas que acompanham as inovações mais recentes do setor, incluindo tokens de novos projetos que surgem para resolver problemas de escalabilidade, privacidade, ou melhorar a eficiência das transações blockchain.

Essas novas listagens são particularmente atraentes para investidores mais agressivos, que buscam ganhos rápidos com criptoativos recém-lançados.

Por isso, as exchanges desempenham um papel crucial na liquidez e visibilidade dessas novas moedas, contribuindo para o crescimento e adoção no mercado global.

Serviço de custódia

O serviço de custódia oferecido pelas exchanges tem se tornado um ponto de grande interesse, principalmente para investidores que estão começando no mercado de criptomoedas.

Esse serviço oferece a segurança de que seus criptoativos estarão protegidos em ambientes altamente seguros, utilizando tecnologias de ponta, como multi-assinatura e autenticação de dois fatores (2FA), que adicionam camadas extras de proteção contra fraudes e roubos cibernéticos.

O uso de cold wallets — que são carteiras offline, desconectadas da internet — aumenta ainda mais a segurança, já que essas carteiras são praticamente imunes a ataques hackers.

Para investidores que preferem simplicidade ou que não possuem experiência com o armazenamento em wallets próprias, a custódia em exchanges oferece praticidade.

Porém, especialistas recomendam que aqueles com grandes quantias de criptomoedas optem por armazenamento descentralizado, ou seja, carteiras controladas exclusivamente pelo investidor, como forma de garantir maior segurança em longo prazo.

Isso é particularmente relevante no cenário atual, onde ataques cibernéticos a exchanges têm sido frequentes.

Mesmo que as exchanges maiores tenham investido pesadamente em segurança, manter os criptoativos sob seu próprio controle ainda é considerado a melhor prática de proteção.

Além disso, muitas exchanges estão começando a oferecer seguro contra perdas causadas por ataques hackers, o que é um ponto positivo para aqueles que desejam manter suas criptos sob custódia nessas plataformas.

Esse tipo de seguro se tornou um diferencial competitivo no mercado, especialmente em corretoras que lidam com volumes expressivos de transações.

Variação de preços

A variação de preços entre diferentes exchanges é um fenômeno comum e pode ser explicada pela liquidez e volume de negociações em cada plataforma.

As exchanges centralizadas tendem a ter um volume de negociações maior, o que permite que o preço das criptomoedas seja mais próximo ao valor de mercado global.

Já em exchanges menores ou descentralizadas, a volatilidade pode ser um pouco maior, o que abre espaço para estratégias como a arbitragem, onde os investidores se aproveitam dessas pequenas diferenças de preços para obter lucro.

Em geral, as diferenças de preço são mínimas, variando entre 1% e 3%, mas em momentos de alta volatilidade do mercado — como durante grandes correções ou picos de valorização —, essas discrepâncias podem ser mais significativas.

Investidores experientes costumam ficar atentos a essas oportunidades para realizar operações rápidas entre diferentes exchanges, maximizando seus ganhos.

A liquidez também desempenha um papel importante nessa questão.

Exchanges com altos volumes diários de negociação tendem a ter menor variação de preços, já que a quantidade de ordens de compra e venda é alta o suficiente para equilibrar rapidamente qualquer flutuação de valor.

Já em plataformas com baixa liquidez, pode ocorrer uma variação maior no preço das criptomoedas, especialmente para ativos menos negociados, onde uma grande ordem de compra ou venda pode influenciar o preço de maneira significativa.

Taxas e comissões

As taxas e comissões cobradas pelas exchanges são outro fator crucial para os investidores.

Essas taxas podem variar bastante entre plataformas, e são aplicadas em transações, saques e depósitos.

Algumas corretoras adotam um modelo de taxa fixa, enquanto outras podem oferecer taxas dinâmicas, que variam conforme o volume negociado ou o tipo de criptomoeda negociada.

Essa estrutura é especialmente relevante para investidores que fazem operações frequentes, como o day trade, onde as margens de lucro podem ser afetadas significativamente pelas taxas de transação.

Algumas exchanges de grande porte oferecem taxas competitivas ou até isenções em determinados serviços, como depósitos em moeda fiduciária.

Contudo, é importante estar atento às taxas de retirada, especialmente quando se trata de transferências para carteiras externas ou outras exchanges, já que esses custos podem impactar diretamente os lucros, especialmente em operações de curto prazo.

Além disso, algumas exchanges adotam o modelo de market maker e market taker, onde os "makers" (quem cria a ordem de compra ou venda) pagam taxas menores em comparação aos "takers" (quem aceita a ordem já existente), incentivando a criação de ordens e aumentando a liquidez da plataforma.

Facilidade de uso e acesso global

A facilidade de uso das exchanges é um fator que atrai tanto investidores iniciantes quanto traders experientes.

As melhores plataformas possuem interfaces intuitivas, que tornam a experiência de compra e venda de criptomoedas fluida e descomplicada.

Isso inclui gráficos detalhados, ordens de mercado e ordens limitadas, além de ferramentas de análise gráfica, como candlestick, que ajudam os traders a tomar decisões mais informadas.

Outro ponto importante é o acesso global que as exchanges oferecem.

Como o mercado de criptomoedas opera 24 horas por dia, 7 dias por semana, as exchanges permitem que investidores em qualquer fuso horário possam negociar de forma contínua.

Isso cria oportunidades de investimento em qualquer momento do dia ou da noite, algo que não é possível no mercado financeiro tradicional.

Além disso, muitas exchanges oferecem suporte a várias moedas fiduciárias, como reais, dólares e euros, permitindo que os investidores globais entrem no mercado de criptomoedas com facilidade.

Com essas vantagens, as exchanges de criptomoedas se consolidam como ferramentas indispensáveis para quem deseja participar ativamente do mercado, seja como investidor de longo prazo ou trader de alta frequência.

Como funcionam as exchanges?

As exchanges funcionam como intermediárias que facilitam as transações entre compradores e vendedores de criptomoedas, além de fornecerem custódia para aqueles investidores que preferem não manter suas criptos em carteiras próprias.

A estrutura básica das exchanges é simples, mas há uma série de processos internos que garantem a segurança, a execução das transações e o funcionamento adequado do mercado cripto.

Elas são responsáveis por criar um ambiente onde as criptomoedas possam ser compradas, vendidas, trocadas e, em alguns casos, até usadas como meio de pagamento, além de conectarem usuários globalmente.

Passos básicos para usar uma exchange

O uso de uma exchange de criptomoedas envolve alguns passos essenciais que garantem a segurança das operações e a funcionalidade da plataforma.

Essas etapas variam um pouco de acordo com o tipo de exchange (centralizada ou descentralizada), mas em geral, seguem um fluxo bastante simples e intuitivo para o usuário.

Entender essas etapas é fundamental para quem deseja ingressar no mercado de criptomoedas com confiança.

1. Cadastro

O primeiro passo para começar a operar em uma exchange é a criação de uma conta.

Esse processo é geralmente simples, exigindo que o usuário forneça informações básicas como nome, e-mail e senha.

Porém, em exchanges centralizadas (CEX), o processo de cadastro costuma ser mais rigoroso, seguindo normas de Conheça seu Cliente (KYC), que são regulamentações voltadas para impedir atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro e fraudes.

O KYC também ajuda a proteger a plataforma de usuários mal-intencionados.

Durante o cadastro, a plataforma pode solicitar a criação de uma senha forte e, em muitos casos, incentivar o uso de autenticação de dois fatores (2FA), aumentando a segurança da conta.

2. Verificação de identidade

Depois de criar a conta, a maioria das exchanges centralizadas requer uma verificação de identidade.

Este processo envolve o envio de documentos pessoais, como CPF, RG, e, no caso de empresas, CNPJ.

Em algumas plataformas, a verificação pode incluir o envio de uma selfie segurando o documento e um comprovante de endereço recente, para garantir que os dados informados são legítimos.

Essa etapa é crucial para garantir a segurança da exchange, evitando o uso de contas falsas e garantindo a conformidade com as regulamentações financeiras internacionais.

A verificação de identidade também pode variar de acordo com o nível de uso da plataforma.

Usuários que pretendem movimentar valores maiores geralmente passam por um processo de verificação mais rigoroso, que pode incluir mais documentos e análises adicionais.

3. Depósito de valores

Após a conta ser verificada, o próximo passo é fazer o depósito de valores na exchange.

Esse depósito pode ser feito em moedas fiduciárias (como reais, dólares ou euros) ou diretamente em criptomoedas de uma carteira externa.

As plataformas geralmente oferecem diversas opções de depósito, como transferências bancárias, PIX, boletos e, em algumas exchanges, até mesmo cartões de crédito.

No entanto, vale destacar que alguns métodos de pagamento podem implicar em taxas, que variam de acordo com a plataforma.

Além disso, a liquidez da plataforma — ou seja, a facilidade com que as criptomoedas podem ser compradas e vendidas — depende muito da forma como os depósitos são feitos e do volume de operações.

Exchanges com maior liquidez permitem transações mais rápidas e com menores variações de preço, o que é ideal para investidores que buscam agilidade.

4. Compra e venda de criptomoedas

Com saldo disponível, o usuário pode comprar e vender criptomoedas.

Existem diferentes tipos de ordens que podem ser usadas na negociação, como a market order, onde a compra ou venda é realizada instantaneamente ao preço de mercado atual, e a limit order, que permite ao usuário definir um preço específico pelo qual deseja comprar ou vender uma criptomoeda.

Assim, a transação só será executada quando o preço atingir o valor estabelecido.

As exchanges cobram taxas de transação, que variam conforme o valor negociado e o tipo de ordem utilizada.

Essas taxas são geralmente um percentual do valor da operação e podem diferir entre exchanges.

Algumas plataformas incentivam o uso de limit orders ao oferecer taxas menores para esses tipos de ordens, já que elas ajudam a aumentar a liquidez da plataforma.

5. Armazenamento e custódia

Depois de realizar a compra de criptomoedas, o investidor pode optar por deixar os ativos na custódia da exchange ou transferi-los para uma carteira externa (wallet).

As exchanges geralmente oferecem a opção de hot wallets, que são carteiras conectadas à internet, permitindo acesso rápido e fácil aos criptoativos.

No entanto, essas carteiras são mais suscetíveis a hacks e ataques cibernéticos.

Para maior segurança, muitos investidores preferem transferir seus ativos para cold wallets, que são carteiras offline, desconectadas da internet, e portanto, mais seguras contra invasões.

Exchanges maiores têm investido bastante em segurança, com a utilização de tecnologias como multi-assinatura e 2FA.

No entanto, mesmo com esses sistemas, a prática recomendada é que os investidores que possuem grandes quantidades de criptomoedas armazenem seus ativos em carteiras pessoais, minimizando o risco de perda em caso de ataques à exchange.

Tipos de exchanges

1. Centralizadas (CEX)

As exchanges centralizadas são as mais comuns e amplamente utilizadas.

Elas funcionam como um intermediário que facilita as transações entre compradores e vendedores, oferecendo também serviços como custódia de criptoativos.

Essas plataformas proporcionam uma experiência de usuário simplificada, com alta liquidez, além de suporte a uma variedade de funcionalidades, como staking (onde os usuários podem ganhar recompensas ao deixar suas criptomoedas “bloqueadas” na plataforma) e empréstimos cripto.

Exchanges centralizadas, como Binance, cobram taxas sobre transações e saques, que podem variar dependendo da criptomoeda ou moeda fiduciária utilizada.

Além disso, nas CEXs, os usuários confiam seus ativos à exchange, o que significa que a plataforma detém o controle sobre esses ativos.

Isso cria um risco potencial, uma vez que, em caso de invasão, os criptoativos podem ser comprometidos.

2. Descentralizadas (DEX)

Por outro lado, as exchanges descentralizadas (DEX) oferecem uma experiência diferente.

Nessas plataformas, as transações ocorrem diretamente entre os usuários, sem a necessidade de um intermediário.

As DEXs operam através de contratos inteligentes (smart contracts), que garantem que as transações sejam executadas automaticamente quando determinadas condições são atendidas. Isso elimina a necessidade de confiar os ativos a uma entidade centralizada, proporcionando maior segurança.

As DEXs não oferecem custódia — os usuários mantêm o controle total de seus criptoativos em suas próprias carteiras digitais.

Embora isso aumente a segurança contra ataques à plataforma, a liquidez nessas exchanges tende a ser menor, o que pode resultar em execuções de ordens mais lentas e variações de preços maiores.

Um exemplo amplamente utilizado de DEX é a Uniswap, que opera na rede Ethereum e utiliza pools de liquidez, onde os usuários podem fornecer ativos e ganhar com as taxas de transação.

Como escolher uma exchange?

Escolher uma exchange de criptomoedas adequada para suas necessidades de investimento é uma decisão crucial, especialmente no cenário atual, onde o número de plataformas vem crescendo rapidamente.

Com tantas opções disponíveis, entender os principais critérios que garantem segurança, confiabilidade e eficiência pode fazer toda a diferença na experiência e nos resultados do investidor.

Aqui estão os fatores mais importantes que devem ser analisados antes de escolher uma exchange:

1. Histórico e Reputação

O primeiro passo ao selecionar uma exchange é verificar seu histórico e reputação no mercado.

Avaliar a seriedade e a confiabilidade da plataforma é essencial para evitar fraudes ou golpes, que ainda ocorrem em um mercado relativamente novo como o de criptomoedas.

  • Registro oficial: Verifique se a exchange possui CNPJ, sede física e se está devidamente registrada junto a órgãos reguladores no país. Isso é especialmente importante no Brasil, onde a regulação das criptomoedas ainda está em desenvolvimento. Certifique-se de que a exchange opera legalmente.
  • Transparência dos sócios: Conheça quem são os sócios ou administradores da plataforma. Exchanges lideradas por pessoas com histórico sólido no mercado financeiro ou cripto tendem a ser mais confiáveis.
  • Processos judiciais: Pesquisar se a plataforma ou seus administradores estão envolvidos em processos judiciais também é uma boa prática. Use sites de verificação, como o Reclame Aqui, fóruns de criptomoedas, redes sociais e portais como o Procon para buscar relatos de usuários e identificar possíveis problemas com saque, suporte ao cliente ou outras irregularidades.
  • Reconhecimento no mercado: Exchanges bem estabelecidas geralmente têm uma presença forte em eventos, publicações financeiras e redes de influenciadores do mercado cripto. Plataformas como Mercado Bitcoin, por exemplo, são reconhecidas por sua estabilidade e longo histórico de atuação no Brasil, o que aumenta a confiança.

2. Segurança

A segurança é, sem dúvida, um dos fatores mais importantes na escolha de uma exchange, especialmente considerando o histórico de ataques hackers a várias plataformas de grande porte ao longo dos anos.

Aqui estão os pontos essenciais a se observar:

  • Verificação em duas etapas (2FA): A maioria das exchanges sérias oferece a opção de autenticação de dois fatores (2FA), que adiciona uma camada extra de segurança além da senha, exigindo que o usuário insira um código gerado em um aplicativo como Google Authenticator ou recebido por SMS. Essa prática reduz drasticamente o risco de roubo de conta.
  • Segurança na custódia: Embora as exchanges centralizadas (CEX) ofereçam serviços de custódia, é importante verificar se elas utilizam tecnologias avançadas, como multi-assinatura, carteiras frias (cold wallets) e seguro contra perdas por ataques. Exchanges como Binance são conhecidas por investir fortemente em sistemas de segurança para proteger os ativos dos usuários.
  • Carteiras privadas: Apesar da conveniência da custódia em exchanges, muitos especialistas recomendam que, sempre que possível, os investidores armazenem suas criptomoedas em carteiras privadas (wallets), especialmente grandes quantias. Carteiras privadas, como as hard wallets (carteiras físicas), reduzem o risco de perda por ataques cibernéticos.

3. Taxas

As taxas são um fator importante, pois podem impactar diretamente a rentabilidade de suas transações. As exchanges geralmente cobram taxas sobre transações, saques e, em alguns casos, depósitos.

Existem alguns tipos principais de taxas a observar:

  • Taxas de transação: A maioria das exchanges cobra um percentual fixo sobre cada transação, seja de compra ou venda de criptomoedas. Algumas plataformas adotam um modelo de maker-taker, onde os usuários que criam liquidez (makers) pagam taxas menores que os que "consomem" a liquidez (takers). Por isso, é importante verificar como essas taxas são aplicadas em diferentes exchanges.
  • Taxas de saque: Embora muitas exchanges não cobrem por depósitos, as taxas de saque podem variar significativamente, indo de R$ 2,90 a R$ 9,99, dependendo da plataforma e do método de saque. Além disso, algumas exchanges podem cobrar taxas maiores para saques em criptomoedas.
  • Taxas ocultas: Fique atento a eventuais taxas ocultas que podem ser cobradas em certos tipos de transações ou métodos de pagamento. É sempre importante ler as entrelinhas e conferir a seção de taxas da plataforma antes de começar a operar.

4. Liquidez

A liquidez de uma exchange refere-se à sua capacidade de converter rapidamente ativos em moeda fiduciária ou outras criptomoedas sem grandes variações de preço.

Escolher uma exchange com alto volume de negociação é essencial para garantir que você consiga comprar e vender criptomoedas de forma rápida e ao melhor preço possível.

  • Alta liquidez: Exchanges maiores, como Binance e Mercado Bitcoin, tendem a ter maior liquidez, o que é especialmente importante para traders que realizam transações frequentes ou de grandes valores. A liquidez também reduz o risco de deslizamentos de preço (slippage), onde o preço de execução da ordem acaba sendo significativamente diferente do preço esperado.
  • Exchanges descentralizadas (DEX): Se você optar por uma exchange descentralizada, tenha em mente que a liquidez pode ser menor, já que essas plataformas dependem de pools de liquidez alimentados pelos próprios usuários. Embora isso ofereça maior controle sobre os ativos, as execuções de ordens podem ser mais lentas e menos eficientes do que nas exchanges centralizadas.

Principais exchanges no Brasil

O mercado brasileiro conta com diversas exchanges de renome que se destacam por seu histórico, segurança e volume de negociações. Entre as mais conhecidas estão:

  • Binance: A maior exchange do mundo em volume de negociação, é amplamente utilizada no Brasil por sua vasta oferta de criptomoedas, taxas competitivas e múltiplos serviços adicionais, como staking, futuros e empréstimos cripto.
  • Mercado Bitcoin: Fundada em 2013, é uma das maiores exchanges de ativos digitais da América Latina. A plataforma se consolidou por sua confiabilidade e suporte ao cliente, sendo a primeira exchange de criptomoedas a atingir o status de unicórnio no Brasil.
  • Foxbit: Além de ser uma exchange focada em criptoativos, a Foxbit oferece soluções para empresas que buscam entrar no mercado de tokenização e pagamentos em cripto. Sua interface intuitiva atrai tanto investidores iniciantes quanto profissionais.

Vantagens de usar uma exchange

As exchanges de criptomoedas oferecem diversas vantagens para investidores que buscam acesso direto a ativos digitais.

Com uma oferta crescente de plataformas no mercado, as exchanges se tornaram a opção mais prática e acessível para quem deseja negociar criptoativos, oferecendo características que facilitam desde transações simples até estratégias mais avançadas de trading.

Veja abaixo as principais vantagens ao utilizar essas plataformas:

1. Variedade de criptoativos

As exchanges são conhecidas por oferecer uma variedade imensa de criptoativos, superando de longe outras formas de exposição a criptomoedas, como ETFs e fundos de investimento em cripto.

Enquanto os ETFs costumam limitar os investidores a um conjunto mais restrito de ativos, geralmente focando nos mais populares como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), as exchanges possibilitam a compra de uma ampla gama de altcoins e tokens emergentes.

Isso inclui desde moedas com grande capitalização de mercado, como Solana (SOL) e Cardano (ADA), até tokens mais nichados, como Chainlink (LINK) e Polkadot (DOT), que estão associados a tecnologias específicas e novos projetos de blockchain.

Essa variedade permite aos investidores não só diversificar seus portfólios, mas também explorar novos projetos que ainda estão em fase de crescimento, com potencial de altas valorizações.

Além disso, algumas exchanges estão cada vez mais rápidas em listar novas criptomoedas que surgem no mercado, o que possibilita aos usuários acesso antecipado a novos projetos com grande potencial.

2. Taxas mais baixas

Uma das maiores vantagens das exchanges é o custo relativamente baixo das taxas de transação.

Comparadas a fundos de investimento, onde taxas de administração e performance podem corroer os lucros dos investidores, as exchanges oferecem um modelo de taxa mais transparente e geralmente menor.

As principais exchanges cobram taxas que variam de 0,1% a 0,5% por transação, dependendo do volume e do tipo de ordem.

Isso torna a negociação direta em exchanges muito mais barata, especialmente para investidores que fazem operações frequentes ou movimentam grandes quantias.

Além disso, muitas exchanges oferecem descontos nas taxas para usuários que utilizam o token nativo da plataforma.

Por exemplo, na Binance, quem utiliza o BNB (token nativo da exchange) para pagar as taxas de transação pode receber um desconto significativo.

Isso incentiva a adoção dos tokens da própria plataforma e beneficia os usuários que fazem trades de maneira contínua.

3. Flexibilidade fiscal

A flexibilidade fiscal é outra vantagem relevante para quem utiliza exchanges no Brasil.

De acordo com as regras da Receita Federal, os ganhos obtidos em transações com criptomoedas em valores inferiores a R$ 35 mil por mês são isentos de Imposto de Renda, o que não ocorre em fundos ou ETFs, onde a alíquota de 15% incide sobre os lucros, independentemente do valor negociado.

Essa isenção pode ser muito atraente para pequenos e médios investidores, que conseguem realizar operações com lucros isentos dentro desse limite, maximizando seus ganhos líquidos.

Além disso, a tributação de criptomoedas no Brasil ainda está em desenvolvimento, o que abre espaço para que os investidores aproveitem essas vantagens fiscais, especialmente em estratégias de curto prazo, onde os ganhos podem ser recorrentes e o volume de operações não atinge o limite tributável.

4. Facilidade e rapidez nas transações

As exchanges oferecem uma experiência muito mais ágil em comparação a fundos ou ETFs.

Nas exchanges, o investidor pode realizar a compra e venda de criptoativos a qualquer momento, 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Isso permite uma liquidez imediata, algo que muitos outros tipos de investimentos não conseguem proporcionar, especialmente no mercado financeiro tradicional, que opera dentro de horários restritos.

Para quem deseja se posicionar de forma rápida em movimentos do mercado ou aproveitar oscilações de preços, essa agilidade é uma vantagem inegável.

Desvantagens de usar uma exchange

Apesar das inúmeras vantagens, existem alguns riscos e desvantagens que precisam ser considerados ao escolher operar por meio de exchanges.

1. Falta de regulamentação

Uma das principais preocupações ao utilizar exchanges de criptomoedas no Brasil é a falta de regulamentação clara e abrangente.

Atualmente, as exchanges não estão sob supervisão direta de órgãos como o Banco Central ou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que pode deixar os investidores mais expostos a riscos regulatórios e problemas legais.

Embora a Receita Federal exija a declaração de movimentações em criptomoedas, o setor ainda carece de regras específicas que garantam maior segurança e proteção para os usuários.

Essa ausência de regulamentação pode criar incertezas, especialmente em situações de falência da exchange ou em casos de golpes.

Isso significa que, ao contrário de investimentos regulamentados, como ações e fundos, onde há proteções claras para os investidores, as criptomoedas ainda estão em um território mais arriscado nesse sentido.

2. Segurança

Embora as principais exchanges invistam fortemente em segurança, o risco de ataques de hackers ainda é elevado, como já foi evidenciado em grandes incidentes nos últimos anos, onde milhões de dólares em criptomoedas foram roubados.

Mesmo com medidas de segurança como autenticação de dois fatores (2FA), custódia em carteiras frias (cold wallets) e a implementação de multi-assinaturas, os investidores devem estar cientes de que nenhum sistema é 100% à prova de falhas.

Para mitigar esse risco, é recomendado que os usuários, especialmente aqueles com grandes quantias de criptomoedas, transfiram seus ativos para carteiras externas, como hard wallets, que são dispositivos físicos que armazenam criptomoedas offline.

Embora isso adicione uma camada extra de proteção, a responsabilidade pelo gerenciamento de segurança recai totalmente sobre o investidor.

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