Número de brasileiros que investem em criptomoedas

O número de pessoas que investem em criptomoedas vem aumentando a cada ano, especialmente no mercado brasileiro que ainda é novo. A questão é que, as criptomoedas em si, são um tipo de investimento que precisa ser muito bem observado pelos investidores, ainda mais aqueles sem muita experiência. Conhecer o mercado em números, inclusive, é muito importante, ainda mais para prever as investir com mais segurança.
Número de brasileiros que investem em criptomoedas
O número de pessoas que investem em criptomoedas no Brasil superou a marca de 1 milhão em 2022. Apenas de junho para julho, foram mais de 500 mil novos investidores. O número exato saltou de 794.755 mil para 1.336.715 milhões neste período, isso de acordo com as estimativas da Receita Federal que são baseados no informe da operação. Por outro lado, é importante entender que este número pode ser de fato maior, já que os dados obtidos vieram de CPFs de corretoras de criptomoedas que operam no Brasil. Isso significa que os usuários de plataformas estrangeiras de criptomoedas não são inclusivos, pois estes não têm a obrigação de cumprir a instrução normativa 1888. De acordo com a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais), em junho de 2022, por volta de 2% da população investia em criptomoedas. Esse número seria equivalente a mais ou menos 4,2 milhões de pessoas, o que por sua vez contrasta com os dados divulgados pela Receita Federal, mas não os invalida. O que se pode afirmar sem sombra de dúvidas é que o número de investidores aumentou e só vem crescendo ano a ano, tendo expandido em 200% no ano de 2022.
Qual o gênero que mais investe em criptomoedas?
De acordo com os dados mais recentes, o número de mulheres que investem em criptomoedas saltou de 14,12% para 18,49%, entre Junho e Julho de 2022. Isso significa que este mercado ainda é majoritariamente dominado pelos homens, que representam mais de 80% dos investidores em criptomoedas. Esse dado, por sua vez, não se trata de uma grande surpresa, visto que o investimento em renda variável de modo geral ainda é mais representado pelos homens.
O tamanho do mercado de criptomoedas no Brasil
Saber o número de pessoas que investem em criptomoedas no Brasil também serve para mensurar o valor que esse mercado representa monetariamente. No caso, apesar da Receita Federal apresentar um cenário positivo, observa-se que o aumento do número de investidores não foi proporcional com o do volume de investimento. Isso porque, em julho de 2022, por exemplo, os investidores pessoa física e jurídica adquiriram 1,7 bilhões em Bitcoin, um volume 26% menor se comparado ao mês anterior. Considerando todo o mercado de criptomoedas, houve uma queda geral de 11%, sendo que o valor de mercado foi reduzido de 13,7 bilhões de reais para 12,2 bilhões de reais.
Criptomoedas no Brasil e no mundo
Atualmente, o número de pessoas que investem em criptomoedas no Brasil, fez com que este mercado fosse alçado para o patamar dos cinco países com mais investidores. Entretanto, é importante deixar claro que o Brasil ainda tem uma representação pequena na participação do mercado mundial, sendo responsável por apenas 2%. Em 2021, por exemplo, a captação estimada foi de 103,5 bilhões de reais, representando uma evolução de mais de 400% se comparado ao ano anterior, com sinais de crescimento.
Os jovens são os que mais investem em criptomoedas
No Brasil e no mundo, os jovens representam o maior número de investidores. No caso, estes jovens são classificados como sendo da geração Z, entre 16 e 25 anos. No Brasil, esse demográfico de investidores representa um grupo de 5% dos investidores totais, isso de acordo com dados do relatório “Raio X do Investidor Brasileiro”, da ANBIMA. O fato é que os investidores mais velhos acabam tendo um certo receio deste mercado que ainda é altamente desregulado e apresenta alta imprevisibilidade e volatilidade de preços. Dentro da renda variável, as criptomoedas são certamente o investimento mais arriscado e com menos garantia de retorno. Isso faz com que os jovens acabem arriscando mais.
Os fundos brasileiros de criptomoedas

Os fundos brasileiros de criptomoedas Uma das formas de se mensurar o número de pessoas que investem em criptomoedas é analisando os fundos de investimento que estão atrelados a elas. No caso, muitos fundos perderam uma grande quantidade de valor após a falência da FTX no final de 2022, uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo. Na realidade, o próprio mercado de criptomoedas sofreu bastante. Os grandes fundos brasileiros, por exemplo, perderam em torno de 70% do seu valor. Isso de acordo com os dados da Quantum Finance. Na verdade, apenas os cinco maiores fundos cripto brasileiros acumularam perdas entre 66% e 70% desde janeiro de 2022. Na prática, é como se um investimento de 100 reais em cotas destes fundos se torna 30. Uma dizimação do valor que dificilmente será recuperada. Já quando olhamos o mundo, a situação não foi muito diferente. Os principais fundos de criptomoedas que mais sofreram durante esse período de crise, foram:
- QR CME Ether, da gestora QR Asset: -70,45%;
- Hashdex Nasdaq Crypto Index, da gestora Hashdex: -69,06%
- Hashdex Nasdq Ethereum, da gestora Hashdex: -68,87%
- QR CME Bitcoin, da gestora QR Asset: -68,42%
- Hashdex Nasdaq Bitcoin, da gestora Hashdex: -66,44%
BRZ: Criptomoeda Brasileira
No ano de 2020, parte do número de pessoas que investem em criptomoedas no Brasil estava aportando o seu dinheiro em uma criptomoeda chamada BRZ. Esta criptomoeda é uma “stablecoin”, o que significa que ela é ancorada no real brasileiro. Em Agosto de 2020 movimentou mais de 620 milhões de reais em negociações de balcão. Já no ano de 2021, a BRZ anunciou a sua integração com a blockchain Solana, considerada muito mais veloz e econômica que o Ethereum, que tem problemas de escalabilidade. Hoje a criptomoeda brasileira, a primeira deste modelo, continua sendo investida e se popularizando mais entre os investidores brasileiros. Gostou de saber sobre o número de pessoas que investem em criptomoedas no Brasil? Então aproveite para conhecer os outros artigos do Investidor10! Antes de sair, siga nossas redes sociais!