Yuan atinge mínimas em meio a decisões do banco central da China

O cenário também é agravado por conta de instabilidade nos mercados globais.

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Publicado em 22/03/2024 às 22:25h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 22/03/2024 às 22:25h Atualizado 3 meses atrás por Jennifer Neves
Foto - Shutterstock
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🪙 O yuan mostrou sinais de enfraquecimento em relação ao dólar, atingindo mínimas em 2024, conforme dados da Tullett Prebon. Este declínio segue um período recente de estabilidade e é resultado da decisão do banco central chinês, o PBoc (Banco do Povo da China), por estabelecer uma taxa de referência diária mais baixa para o yuan internamente, indicando uma postura mais flexível por parte do órgãos em relação à desvalorização da moeda.

Conforme apurado pelo Estadão, a queda do yuan também está sendo influenciada por mudanças em outros mercados, especialmente após uma semana de movimentações significativas por parte de bancos centrais. O encerramento da política de taxas negativas pelo Japão e os sinais do Fed (Federal Reserve), indicando possíveis cortes nas taxas de juros neste ano contribuem para a incerteza nos mercados.

Embora o compromisso do Fed em cortar as taxas de juros deva enfraquecer o dólar no longo prazo, o impacto imediato depende de uma série de fatores. Além disso, a volatilidade na economia chinesa também está afetando a moeda local, especialmente devido aos cortes de taxas realizados pelo PBoC no ano passado, o que ampliou o diferencial de juros entre a China e os EUA.

De acordo com dados do Trading View, nos últimos 12 meses, o yuan registrou uma queda de quase 5% em relação ao dólar. Desde o início do ano, a queda acumulada é de 1,64%.

Enquanto isso, a China atraiu 215,1 bilhões de yuans (US$ 29,88 bilhões) em investimento estrangeiro direto (IED) nos primeiros dois meses de 2024, representando uma redução de 19,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Ministério do Comércio do país atribui essa queda aos níveis recordes de IED observados um ano antes.

Apesar dessa diminuição, o resultado do bimestre ainda é o terceiro melhor dos últimos dez anos, conforme destacado pelo ministério. Em 2023, o volume de IED na China caiu 8% em relação a 2023 quando medido em yuans, e desde então, órgão optou por deixar de divulgar os números em dólares.