Ucrânia firma acordo para cessar-fogo de 30 dias, mas ainda falta Rússia; entenda

🚨 Em um passo significativo rumo à desescalada do conflito, a Ucrânia concordou em aderir a um cessar-fogo imediato de 30 dias, conforme proposta dos Estados Unidos.

O anúncio foi feito nesta terça-feira (11), por meio de uma declaração conjunta entre Washington e Kiev, após extensas negociações que duraram mais de oito horas.

O acordo prevê uma trégua inicial de um mês, com possibilidade de prorrogação mediante consenso entre as partes envolvidas.

No entanto, a implementação efetiva da medida ainda depende da aceitação por parte da Rússia. Segundo o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, a proposta agora está nas mãos de Moscou. “A bola está com eles”, afirmou.

EUA pressionam Rússia por resposta

Durante um pronunciamento realizado após conversas com representantes ucranianos na Arábia Saudita, Rubio destacou que os Estados Unidos esperam que a Rússia aceite a proposta para viabilizar negociações que resultem em um acordo de paz sustentável e duradouro.

“Hoje, vidas estão sendo perdidas. Elas foram perdidas ontem, e, se nada mudar, continuarão sendo perdidas amanhã”, enfatizou o Secretário.

Além do cessar-fogo, Washington confirmou que retomará o compartilhamento de inteligência militar e o envio de assistência em segurança à Ucrânia, medidas que haviam sido interrompidas nos últimos meses.

O anúncio do acordo ocorre em meio a questionamentos sobre o relacionamento entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e os Estados Unidos, especialmente após a mudança de governo em Washington.

Questionado se as relações entre os países estavam “de volta aos trilhos”, Rubio respondeu de forma enfática: “O que deve estar nos trilhos é a paz. Isso não é um reality show”.

➡️ Leia mais: Governo dos EUA detalha plano de reserva estratégica com até 1 milhão de Bitcoins (BTC)

Ataques estratégicos

A notícia do cessar-fogo vem no mesmo dia em que a Ucrânia conduziu uma série de ataques estratégicos contra alvos na Rússia, incluindo a Refinaria de Petróleo de Moscou, uma das principais fornecedoras de combustível da capital russa.

O ataque teve como objetivo enfraquecer a logística e a sustentação econômica das operações militares russas na guerra.

Segundo o Ministério da Defesa da Ucrânia, 343 drones foram abatidos no território russo, sendo 91 sobre a região de Moscou e 126 sobre Kursk.

A refinaria atingida, responsável por processar cerca de 11 milhões de toneladas de petróleo por ano, supre entre 40% e 50% do diesel e da gasolina consumidos em Moscou, tornando-se um alvo estratégico para Kiev.

Ainda que a aceitação do cessar-fogo por parte da Ucrânia represente um avanço diplomático, analistas apontam que a resposta russa será determinante para definir os próximos desdobramentos do conflito.

A expectativa agora recai sobre Moscou e sua disposição em interromper as hostilidades para dar início a negociações concretas.

Caso a Rússia aceite a proposta, esta pode ser uma janela de oportunidade para um acordo mais abrangente no futuro.

📊 No entanto, se houver recusa ou escalada do conflito, a trégua temporária poderá se tornar apenas um parêntese na guerra em curso.