Tesouro Direto terá "poupança de emergência", entenda
Segundo o secretário do Tesouro Nacional, papel será simples e acessível ao pequeno investidor.

O Tesouro Direto quer alcançar ainda mais investidores neste ano. Por isso, pretende lançar um papel simples e acessível para o pequeno investidor, similar a uma "poupança de emergência".
O próximo produto do Tesouro Direto foi antecipado pelo secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, em entrevista ao "Valor Econômico" e deve ser disponibilizado ainda em 2025.
🗣️"Devemos lançar a 'poupança de emergência', ainda não temos um nome oficial, mas a ideia é justamente que o papel seja mais simples de ser entendido e mais acessível financeiramente para o pequeno investidor, até mais do que o Tesouro Selic", afirmou Ceron, ao "Valor Econômico".
Segundo o secretário, o novo título será do tipo pós-fixado e deve ter uma aplicação mínima inferior à do Tesouro Selic.
O Tesouro Selic, título pós-fixado que acompanha o rendimento da taxa básica de juros brasileiro, exige atualmente um investimento de ao menos R$ 160.
💲 Esse é o investimento mínimo mais elevado do Tesouro Direto. O Tesouro Renda+, por exemplo, aceita investimentos a partir de aproximadamente R$ 2 no momento. Esse título, no entanto, oferece a variação da inflação mais uma taxa prefixada. Além disso, tem prazos de vencimento que, no geral, são mais longos do que o do Tesouro Selic.
"Se você vai fazer uma reserva de emergência, não deve comprar um RendA+ porque, se precisar vender antes do vencimento, pode acabar perdendo dinheiro", afirmou Ceron.
Com a alta dos juros futuros, os títulos prefixados ficam mais baratos na marcação a mercado. Por isso, os investidores podem ter perdas se decidirem vender esses títulos antes do prazo de vencimento. A recomendação é, portanto, carregar o título até o final, para garantir o recebimento da taxa contratada na compra.
Veja aqui os detalhes dos títulos públicos do Tesouro Direto
Horário estendido
⏰ O Tesouro Direto ainda pretende ampliar o horário de negociação neste ano. A ideia é permitir a venda de títulos públicos 24 horas por dia, sete dias por semana.
Segundo o secretário do Tesouro Nacional, o projeto deve começar com o Tesouro Selic no início do segundo semestre e depois ser estendido para os demais produtos do Tesouro Direto.
"Pensamos nisso porque uma parte importante da população não tem tempo disponível durante o dia para poder sentar e pensar onde guardar o dinheiro. Vai ter um tempo, talvez à noite, talvez no fim de semana", explicou Ceron, na entrevista ao "Valor Econômico".
Com essas novidades, o Tesouro Direto pretende chegar a 5 milhões de investidores ativos. Ou seja, chegar a mais 2 milhões de pessoas. Afinal, em janeiro, havia cerca de 3 milhões de investidores ativos na plataforma.

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