Real Madrid pode pagar até R$ 60 bilhões para os seus sócios-torcedores; entenda

O Real Madrid, sob a liderança de Pérez, consolidou-se como um dos clubes mais lucrativos e bem-sucedidos da Europa.

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Publicado em 25/11/2024 às 16:43h - Atualizado Agora Publicado em 25/11/2024 às 16:43h Atualizado Agora por Matheus Rodrigues
Atualmente, o clube é gerido como uma entidade sem fins lucrativos (Imagem: Shutterstock)
Atualmente, o clube é gerido como uma entidade sem fins lucrativos (Imagem: Shutterstock)

💲 O Real Madrid, um dos maiores clubes de futebol do mundo, está considerando uma mudança revolucionária em sua estrutura de propriedade.

Em uma proposta apresentada pelo presidente Florentino Pérez, o clube pode transferir sua propriedade para os sócios-torcedores, permitindo uma abertura estratégica para investidores externos.

A ideia foi revelada durante a recente assembleia geral do clube e, se aprovada, poderá distribuir um patrimônio estimado em mais de € 10 bilhões (cerca de R$ 60 bilhões) entre seus 100 mil sócios-torcedores.

Atualmente, o clube é gerido como uma entidade sem fins lucrativos, formada exclusivamente por torcedores pagantes, o que limita a participação de investidores privados.

Mudança no modelo de gestão

Se implementada, a proposta transformaria os sócios-torcedores em “verdadeiros proprietários” do clube, afirmou Pérez.

Essa reestruturação seria inédita entre os principais clubes da Europa, especialmente porque, além do Real Madrid, apenas Barcelona, Athletic Bilbao e Osasuna utilizam o modelo de gestão associativa na primeira divisão espanhola.

Embora a mudança ainda precise passar por aprovação formal, o projeto levanta questões sobre como isso impactará a governança e as finanças do clube.

O Real Madrid, sob a liderança de Pérez, consolidou-se como um dos clubes mais lucrativos e bem-sucedidos da Europa, com 15 títulos da Liga dos Campeões.

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Desafios e controvérsias

Florentino Pérez, além de ser um ícone na administração do Real Madrid, também se envolveu em iniciativas polêmicas, como a tentativa de lançar uma Superliga Europeia em 2021.

Apesar do projeto ter fracassado devido à forte oposição de torcedores e entidades como a UEFA, Pérez continua defendendo mudanças no modelo de receita dos clubes, sugerindo maior independência financeira em relação às entidades reguladoras.

Adicionalmente, clubes com estrutura semelhante ao Real Madrid resistiram a um acordo da La Liga em 2021 para vender direitos de transmissão à empresa de private equity CVC Partners, alegando preocupações com a sustentabilidade financeira a longo prazo.

O futuro do Real Madrid

💰 Caso a proposta seja aprovada, o Real Madrid pode se tornar um caso único entre os gigantes do futebol, equilibrando a tradição de propriedade associativa com a possibilidade de atrair grandes investidores.

Essa iniciativa também poderá servir como modelo para outros clubes que enfrentam desafios financeiros em um mercado cada vez mais dominado por fundos soberanos e corporações.

Resta saber como a mudança será recebida pelos sócios-torcedores, que terão a palavra final sobre o futuro do clube.