Raízen (RAIZ4) vê prejuízo crescer 186% no 4º tri de 2024
A alavancagem da Raízen subiu de 1,3 vez, para 3,2 vezes no mesmo período de 2024/25.
💲 A Raízen (RAIZ4) viu seu prejuízo líquido crescer 184%, para R$ 2,514, bilhões no 4º trimestre do ano fiscal 2024/2025, ante R$ 879 milhões no período apurados anteriormente. Na outra ponta, a receita líquida subiu 7,5% na base anual, de R$ 53,685 bilhões, para R$ 57, 727 bilhões.
Segundo o relatório, o lucro foi impactado por "desafios operacionais que comprometeram a performance dos negócios; efeitos não recorrentes, principalmente relacionados à revisão da estratégia de atuação em Trading; (aumento das despesas financeiras; e constituição de provisão para não realização de tributos diferidos".
Na outra ponta, o resultado operacional medido pelo Ebitda (lucros antes de impostos e juros) alcançou R$ 1,721 bilhão, um recuo de 53,3% em comparação aos R$ 3,686 bilhões no mesmo período do trimestre do ano anterior.
A alavancagem da Raízen subiu de 1,3 vez, para 3,2 vezes no mesmo período de 2024/25, considerando a relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado dos últimos 12 meses. Já a dívida líquida da empresa atingiu R$ 34,26 bilhões, alta de 78,9% em relação ao ano anterior.
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💰 "O aumento da dívida líquida decorre do menor resultado operacional, do ainda elevado volume de investimentos em crescimento e da redução em R$ 6,6 bilhões do saldo de operações de convênio com fornecedores e adiantamento de clientes", justificou a empresa em relatório.
Os investimentos do trimestre, por outro lado, somaram R$ 4,507 bilhões, queda de 12% em relação aos R$ 5,120 bilhões registrados no período anterior. A Raízen registrou prejuízo líquido de R$ 4,177 bilhões no acumulado do ano fiscal, o que representa uma reversão em relação ao lucro de R$ 614 milhões do período anterior.
Na outra ponta, a receita líquida subiu de R$ 220,454 bilhões par a R$ 255,269 bilhões, sendo uma alta de 15,8%. Já o Ebitda ajustado alcançou R$ 10,820 bilhões, um recuo de 25,9% ante os R$ 14,609 bilhões do mesmo período no ano anterior.
"Redução do Ebitda no trimestre e no ano reflete, principalmente, os menores volumes comercializados de combustíveis e de açúcar próprio, além da menor contribuição das operações de Trading, que pressionaram as margens operacionais", disse a empresa em relatório.
Moagem de cana
Na temporada 2024/25, a Raízen registrou processamento de 78,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, queda de 7,1% em comparação ao ano-safra de antes. No acumulado, foi registrado uma alta de 1,5% no ATR e queda de 10,6% no TCH.
🤑 Além disso, a produção de açúcar caiu 12,6% para 5,103 milhões de toneladas, enquanto a produção de etanol de primeira geração foi de 3,137 milhões de metros cúbicos, queda de 0,3%. Por outro lado, a produção de etanol de segunda geração cresceu 63,3% para 58,8 mil metros cúbicos.
"Os preços próprios realizados no trimestre e no ano se mantiveram em linha com as fixações (hedge) contratadas. Já os preços Raízen, que incorporam as margens da operação de revenda e comercialização, foram inferiores na comparação trimestral e anual em decorrência da menor contribuição das operações de Trading", explicou a empresa.
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