Presidente do BC afirma que não é função do órgão fazer “marketplace de finanças”

Segundo Campos Neto, a autoridade monetária não planeja lançar um aplicativo para integrar os serviços das instituições financeiras no Brasil

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Publicado em 07/02/2024 às 12:07h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 07/02/2024 às 12:07h Atualizado 3 meses atrás por Jennifer Neves
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central - Foto: reprodução
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central - Foto: reprodução

🏦 Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, declarou que a autoridade monetária não planeja lançar um aplicativo para integrar os serviços das instituições financeiras no Brasil, nesta quarta-feira (7).

Ele afirmou que a responsabilidade de criar o aplicativo unificado cabe aos bancos. A implementação de uma plataforma desse tipo será viável com o avanço do Open Finance, um sistema que possibilita o compartilhamento de dados entre as instituições financeiras.

“O Banco Central não terá um superapp. Não é função do BC fazer marketplace de finanças. A nossa função é colocar todas as ferramentas e todos os processos à disposição para que o mundo privado desenvolva os seus superapps”, disse durante o evento Blue Connections, em São Paulo.

Uma das mudanças que poderia viabilizar a criação dessa plataforma é a introdução do Drex, o real digital. Campos Neto enfatizou que uma das principais prioridades para o desenvolvimento dessa moeda é aprimorar a privacidade dos usuários.

Quanto às expectativas para a economia brasileira, o presidente do BC indicou que o Produto Interno Bruto (PIB) pode superar os 2% em 2024. No entanto, o mercado e organismos internacionais projetam um crescimento menor.

Campos Neto ressaltou que os resultados dependerão de fatores tanto externos quanto internos, mencionando o controle da inflação e a evolução da economia chinesa. Ele destacou ainda a importância do equilíbrio fiscal nas contas públicas.

A equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu zerar o déficit do Brasil em relação ao PIB em 2024.