Oi (OIBR3): Ações caem 60% e voltam a ser negociadas por R$ 1
Baque ocorre em meio ao aumento de capital que deve entregar o controle da companhia a seus credores.
A Oi (OIBR3) agrupou as suas ações há cerca de cinco meses para deixar de ser uma penny stock, mas já corre o risco de voltar ao grupo das ações que valem centavos. Isso porque os seus papeis voltaram a rondar a marca crítica do R$ 1 nesta terça-feira (12).
🪙 As ações ordinárias da Oi eram cotadas por R$ 4,20 no início desta semana. Isto é, pouco abaixo dos R$ 4,95 obtidos depois do grupamento realizado no último dia 16 de junho, na proporção de 10 para 1.
Contudo, os papeis derreteram 39,32% na segunda-feira (11) e caíram mais 60% nesta terça-feira (12). Por isso, bateram R$ 0,91 na mínima do dia e fecharam cotadas por R$ 1,00.
📉 Já as ações preferenciais da Oi acumulam uma queda de 17,3% nesta semana e eram cotadas por R$ 9,79 no fechamento desta terça-feira (12). Desde o grupamento, os papeis acumulam uma desvalorização de 37,2%.
Vale lembrar que a B3 impõe limites para as penny stocks, por causa da alta volatilidade desses papeis. Por isso, notifica as empresas cujas ações são negociadas por menos de R$ 1 por 30 pregões consecutivos. Essas companhias passam a ter um prazo para enquadrar o valor das suas ações em valor igual ou superior a R$ 1. Caso não consigam, as ações podem ser submetidas a uma negociação não contínua, além de excluídas de índices como o Ibovespa.
Leia também: Oi (OIBR3): Credores recebem novas ações a partir desta 3ª feira
Aumento de capital pressiona ações
O baque ocorre em meio ao avanço do aumento de capital previsto no plano de recuperação judicial da Oi. Por meio dessa operação, credores vão trocar créditos por uma participação acionária na empresa e, por isso, devem assumir o controle da companhia.
💲 O aumento de capital somou R$ 1,389 bilhão e ocorreu mediante a emissão de aproximadamente 264 milhões de novas ações ordinárias, que serão entregues a credores e acionistas da companhia que exerceram o direito de preferência na subscrição das novas ações a partir desta terça-feira (12), após o fechamento do mercado.
A gestora de recursos Pimco, por exemplo, receberá cerca de 120 milhões de ações. Por isso, passará a ser a principal acionista da Oi, com uma fatia de 36,48% da empresa.
Já os acionistas atuais estão sujeitos a uma diluição de aproximadamente 80%. Por isso, parecem estar tentando se antecipar a essas mudanças, vendendo parte dos papeis.
Veja como ficará o controle acionário da Oi:
- Pimco: 36,48%;
- SC Lowy: 12,27%;
- Ashmore: 9,53%;
- Vic DTVM + Victor Adler: 0,06%;
- Outros acionistas: 39,71%;
- Tesouraria: 1,96%.
Diante da mudança na composição acionária da Oi, a companhia também deve ganhar um novo Conselho de Administração. Os novos membros do board serão eleitos em AGE (Assembleia Geral de Acionistas) convocada para o próximo dia 11 de dezembro.
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