Nubank (ROXO34) lança ETF com pagamento de dividendos

Fundo é o primeiro desse tipo na Bolsa brasileira e permitirá investimentos a partir de R$ 100

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Publicado em 28/09/2023 às 19:05h - Atualizado 7 meses atrás Publicado em 28/09/2023 às 19:05h Atualizado 7 meses atrás por João Ribeiro
Nubank disse que qualquer investidor poderá comprar cotas do novo ETF. Foto: Divulgação
Nubank disse que qualquer investidor poderá comprar cotas do novo ETF. Foto: Divulgação

O Nubank (ROXO34) lançou nesta quinta-feira (28/09) o primeiro ETF (Exchange-Traded Fund) com pagamento mensal de dividendos da B3 (B3SA3), a Bolsa Brasileira. O fundo foi desenvolvido em parceria com a B3 e permitirá investimentos a partir de R$ 100.

ETF é o chamado fundo de índice, um fundo negociado em bolsa que replica o comportamento de um índice de referência. Há, por exemplo, ETFs que replicam os movimentos do Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira. 

No caso do ETF com dividendos do Nubank, o índice de referência será o Ibovespa Smart Dividendos B3. O índice foi lançado nesta quinta-feira (28/09) pela Bolsa brasileira e reúne as empresas do Ibovespa que se destacam nos pagamentos de proventos em dinheiro, isto é, dividendos e juros sob capital próprio.

ETF

Segundo o Nubank, dois ETFs seguirão o Ibovespa Smart Dividendos B3: o Nu Renda Ibov Smart Dividendos (NDIV11), que fará pagamentos mensais de dividendos aos acionistas, e o Nu Ibov Smart Dividendos (NSDV11), que reinvestirá os dividendos no próprio fundo.

O diretor executivo da Nu Asset Management, Andrés Kikuchi, disse que, enquanto a primeira opção premia os acionistas com proventos mensais, o segundo ETF foca no longo prazo. “Ao reinvestirmos os dividendos no Nu Ibov Smart Dividendos, o potencial de retorno com a valorização do papel ao longo do tempo é maior”, explicou.

Os fundos foram desenvolvidos pela gestora de fundos de investimentos do Nubank, a Nu Asset Management, em parceria com a B3. E estarão disponíveis a partir desta sexta-feira (29/09) para todos os investidores, não apenas para aqueles que têm vínculo com o banco digital ou sua corretora, a NuInvest. 

O investimento inicial será de no mínimo R$ 100, o valor de uma cota. Esse valor, contudo, pode mudar ao longo do tempo, de acordo com a variação do índice. Ambos os fundos possuem 0,5% ao ano de taxa de administração e não cobram taxa de performance. A liquidez é de dois dias úteis.

Em relação à tributação, os dois ETFs estarão sujeitos à incidência de IR (Imposto de Renda) no momento da venda e se ocorrer ganho de capital. No caso do NDIV11, que distribui dividendos, também haverá uma tributação de 15% de IR sobre o valor dos proventos pagos aos cotistas. Neste caso, o imposto será recolhido diretamente pelo administrador do fundo. 

Índice

Assim como os demais índices da B3, o Ibovespa Smart Dividendos B3 será rebalanceado a cada quatro meses para se manter fiel ao seu objetivo de reunir as empresas que pagam os maiores valores de dividendos em relação ao preço da ação. A primeira atualização já está marcada para 29 de dezembro de 2023.

Inicialmente, 21 empresas estão na carteira do índice. O peso de cada uma delas é proporcional aos valores e à frequência com que os dividendos são pagos. Hoje, as ações com maior peso no Ibovespa Smart Dividendos B3 são da Taesa (TAEE11) e da Telefônica Brasil (VIVT3).

Segundo a B3, “caso existisse desde 2013, o Ibovespa Smart Dividendos B3 teria acumulado uma variação positiva de 142% até o final de agosto desse ano. No mesmo período, o Ibovespa B3 obteve variação positiva de 87%”.

Veja as 21 ações pagadores de dividendos que estão na primeira carteira do novo índice da B3 e seus respectivos pesos:

A composição desta e das próximas carteiras do índice será publicada no site da B3.